Bruto da Costa, ex-presidente do Conselho Económico e Social (CES), disse, depois das recomendações da OCDE a Portugal, que as sugestões deste organismo são muito marcadas pela ideologia.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recomendou, esta segunda-feira, um amplo consenso politico sobre o Orçamento do Estado e sugeriu, entre outras medidas, o aumento de impostos, como o IVA e o IMI, o congelamento dos salários na função pública e a redução do período de tempo em que é pago o subsidio de desemprego.
Confrontado com estas recomendações, Bruto da Costa, em declarações à TSF, mostrou-se contra a redução do período de tempo em que é pago o subsidio de desemprego.
A OCDE é «um organismo muito credivel relativamente às estatísticas que fornece, mas quanto às políticas que propõe, nem sempre alinho, até porque as organizações internacionais, como a OCDE, o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional (FMI), por trás daquilo que propõem têm muita técnica, mas também muita ideologia», disse.
Bruto da Costa foi também ministro dos Assuntos Sociais no governo de iniciativa presidencial, liderado por Maria de Lurdes Pintassilgo, mas aconselha que, nas actuais circinstâncias, não se repita a experiência.
«Neste momento não repetia aquele modelo, que foi compreensível num contexto de eleições sucessivas em que não havia maiorias estáveis nem absolutas nem depois de entendimentos entre os partidos», afirmou.
Actualmente, «já temos partidos suficientemente desenvolvidos e maduros para não ser necessária a utilização dessa fórmula», reforçou Bruto da Costa.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1672755
Sem comentários:
Enviar um comentário