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06/07/2009

Guardas prisionais iniciam seis dias de greve

Um estatuto profissional digno, aposentação aos 60 anos e remuneração ajustada são algumas das reivindicações do sindicato dos guardas prisionais que, esta segunda-feira, inicia uma greve de seis dias.

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda prisional (SNCGP) vai fazer greve em dois períodos: hoje, terça e quarta-feira e nos próximos dias 17, 18 e 19 de Julho.

Uma das reivindicações dos guardas prisionais está associada à idade da aposentação.

À TSF o presidente do sindicato, Jorge Alves, defendeu a aposentação obrigatória aos 60 e não aos 65 anos por considerar que «não conseguimos garantir a segurança do cidadão com guardas a acompanhar uma população reclusa cada vez mais jovem, perigosa e organizada».

«Outro dos motivos [desta greve] é o Estado não assumir a sua responsabilidade em relação ao risco, perigo e ao desempenho de funções da guarda prisional», referiu o responsável.

Jorge Alves referiu ainda as consequências que esta greve vai provocar nas prisões.

«Não acompanhamos reclusos aos hospitais, aos tribunais, não saem para os advogados. [Os reclusos] só saem da zona prisional em questões de urgência em que esteja em causa a sua saúde e por questões de liberdade e não terão visitas no período da greve porque não fazem parte dos serviços mínimos», revelou o presidente do sindicato.

Ainda este domingo, três reclusos do Estabelecimento Prisional de Alcoentre ficaram feridos, tendo dois deles recebido tratamento hospitalar, após um grupo ter resistido em voltar às celas depois do almoço, o que obrigou à intervenção do do grupo de segurança prisional.

TSF - 06.07.09

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