A ASS/PJ refere, em comunicado, que se revê em "algumas das reivindicações dos guardas prisionais, nomeadamente no aumento do vencimento base auferido pelos seguranças da PJ".
"Refira-se que esta categoria profissional aufere o vencimento base mais baixo dos quadros da PJ, sendo inclusive inferior ao vencimento base de um especialista auxiliar. À data o vencimento base de um segurança de escalão 1 ronda os 850 euros, o que corresponde a aproximadamente 50 por cento do vencimento base de um inspector no mesmo escalão", diz a ASS/PJ, presidida por Nuno Moreira.
Outra das reivindicações dos guardas prisionais com a qual a ASS/PJ se solidariza é a idade da passagem à aposentação, notando que, apesar de desenvolverem "uma actividade de alto risco e desgaste rápido, os seguranças da PJ não podem solicitar a disponibilidade aos 55 anos, como o fazem os elementos da carreira de investigação criminal".
Sublinhando que existem "muitas outras" situações que merecem crítica, já "devidamente comunicadas ao Ministério da Justiça", a ASS/PJ lamenta "que a tutela só se preocupe com resultados mediáticos, descurando assim as condições de trabalho dos seus funcionários nas mais variadas áreas".
Entretanto, o primeiro dia de greve dos guardas prisionais por um estatuto profissional digno, aposentação aos 60 anos e remuneração justa teve uma adesão entre os 90 e os 95 por cento, conforme dados, respectivamente, da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) e do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP).
Segundo Jorge Alves, presidente do SNCGP, "os estabelecimentos prisionais de Sintra, Linhó, Pinheiro da Cruz, Viseu e Polícia Judiciária de Lisboa e do Porto tiveram uma adesão à greve de 100 por cento".
Os serviços mínimos, nomeadamente a vigilância dos reclusos e a segurança das instalações, estão a ser assegurados pelos guardas em greve.
O sindicato tem marcados dois períodos de greve: hoje, terça e quarta-feira e nos próximos dias 17, 18 e 19.
Destak.pt - 06.07.09
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