Segundo a FENPROF, apenas entraram no quadro 417 dos cerca de 50 mil candidatos que apresentaram 65.464 candidaturas, ou seja menos de um por cento.
Paralelamente - adianta a FENPROF -, 11.836 docentes que já pertencem aos quadros (40,9 por cento do total de docentes dos Quadros de Zona Pedagógica/QZP) não obtiveram colocação no novo quadro criado (Quadro de Agrupamento).
"Perante estes números, pode dizer-se que este é um dos piores concursos de sempre", alerta aquela estrutura sindical, que acusa o Ministério da Educação (ME) de ter feito uma "grosseira manipulação dos números, com o intuito de enganar a opinião pública", designadamente com a indicação nos Quadros de Agrupamento e de Escola da relação vagas positivas/vagas negativas.
Segundo a FENPROF, não se compreende também como pode o ME afirmar que, numa segunda fase, serão colocados mais 38 mil docentes dos QZP e contratados, quando as escolas ainda não fizeram o levantamento das necessidades após esta primeira fase de colocação.
"O que há são cerca de 38 mil docentes por colocar na QZP e contratados de primeira prioridade e outros tantos que são identificados pelo ME como ´Outros candidatos´", observa ainda.
A FENPROF reitera que este é o "concurso mais negativo dos últimos anos", o que, na sua perspectiva, fará "crescer, como nunca, as situações de instabilidade para docentes dos quadros e remeterá para o desemprego muitos milhares de docentes que aguardam o ingresso em quadro ou, pelo menos, uma contratação".
Entretanto, o ME revelou hoje que 30 mil professores foram colocados em estabelecimentos de ensino públicos na primeira fase do concurso, para os próximos quatro anos lectivos.
“Nesta primeira fase do concurso são colocados cerca de 30 mil professores, entre Quadros de Escola (QE), Quadros de Zona Pedagógica (QZP) e professores contratados que obtiveram lugar de Quadro de Agrupamento (QA)”, disse o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, em conferência de imprensa, em Lisboa.
Segundo Valter Lemos, na segunda fase do concurso, até ao final de Agosto, “deverão ser colocados mais 38 mil professores, provenientes dos QZP e dos professores contratados”.
Este ano, os docentes são colocados por quatro anos lectivos, quando até ao concurso de 2006 foram colocados por três anos.
Destak.pt - 06.07.09
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