Na segunda-feira, a partir das 17 horas, dezenas de profissionais do Corpo de Intervenção da PSP concentraram-se junto às instalações, na Ajuda, vestidos com camisolas pretas, para protestarem contra o corte do suplemento especial de serviço no período de férias, baixas médicas e outras faltas ao serviço, passando a ser pago apenas nos dias de trabalho efectivo. Também por este motivo, ocorreram levantamentos de rancho desde a semana passada.
Os protestos, referiu a agência Lusa ao noticiar a concentração, surgiram de forma espontânea e iriam continuar até surgir «um sinal positivo» da Direcção Nacional da PSP. Manuel Morais, vice-presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) e agente do Corpo de Intervenção, disse no local aos jornalistas que o suplemento vigora desde a criação da unidade e comentou que «só aplicam a lei naquilo que nos prejudica».
No dia 5, a ASPP teve conhecimento do despacho que restringe o pagamento e expressou solidariedade a eventuais formas de luta que os profissionais afectados entendessem levar a cabo.
Açores
Devido à «recorrente falta de efectivo», os agentes da PSP nos Açores são frequentemente chamados a trabalhar nas horas de folga, como sucedeu a um dos profissionais baleados durante o incidente de quinta-feira à noite, no aeroporto de Vila do Porto, em Santa Maria. Em comunicado, no dia seguinte, a ASPP defendeu que o curso da escola de Polícia, que está a terminar, deve ser aproveitado para aumentar o efectivo na região, tal como devem ser atendidos urgentemente os cerca de 40 pedidos de transferência já efectuados por outros polícias, para evitar situações em que o patrulhamento é feito por um agente ou em que são sobrecarregados profissionais que estão em tempo de descanso.
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