Alegando falta de encomendas, a direcção da Rohde mandou para casa a esmagadora maioria dos quase mil operários que regressaram ontem à fábrica após dois meses de lay-off. Os 984 trabalhadores foram informados que a suspensão dos contratos será prolongada até dia 20, data em que está agendada uma assembleia de credores que poderá ser decisiva para o futuro da empresa de Santa Maria da Feira. A direcção fabril apenas encontrou tarefas para cerca de 80 funcionários.
Num encontro com representantes sindicais, a Rohde também comunicou não ter meios financeiros para pagar os 30% dos salários de Novembro que lhe cabem no âmbito do lay-off (os restantes 70% serão suportados pela Segurança Social). O Ministério da Economia foi oficiado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Calçado a indagar "se haverá possibilidades de garantir o salário deste mês".
A maior empregadora do sector do calçado da região está sob gestão judicial após pedido de insolvência.Segundo a dirigente sindical Fernanda Moreira, o plano de viabilização "prevê a redução dos postos de trabalho em número ainda não determinado", sendo os trabalhadores determinantes para a sua aprovação.
D.N. - 03.11.09
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