A situação dos trabalhadores do distrito de Braga ainda não tem sinais de melhoria. A União de Sindicatos de Braga teme que em 2013 haja 50% das pessoas empregadas a receber apenas o sa-lário mínimo nacional.
O coordenador-geral da União de Sindicatos de Braga, Adão Mendes, está apreensivo com o futuro do tecido empresarial da região. Ontem, em conferência de imprensa, revelou que, após o período de férias, "se verificou um aumento muito preocupante de desemprego", temendo que em breve possa haver 60 mil pessoas sem emprego nos 14 concelhos.
Para o sindicalista, "há um grande número de grandes e médias empresas a emagrecerem no período sazonal, de Julho e Agosto", dando como exemplo a Riopele, a Coelima e a Mundo Têxtil que perderam mais de um terço dos trabalhadores, entre os 300 e 400 empregados, números que se vão reflectir nas estatísticas de Julho e Agosto.
Mais grave, para Adão Mendes, foi a forma como algumas indústrias anunciaram a cessação dos contratos: "Informaram os trabalhadores, unilateralmente e sem qualquer garantia ou direito e deixavam de contra com eles tendo alguns deles, inclusive, escrito num papel banal e quase de forma artesanal".
Os encerramentos selvagens, as rescisões unilaterais inclusive as autorizações de despedimento estão, para União de Sindicatos de Braga, "ultrapassar tudo aquilo o que a lei prevê. É apenas e só uma forma de se verem livres dos trabalhadores. sem qualquer fundamentação. Desde há quatro anos para cá, há mais 21 mil desempregados e 10 mil foram procurar emprego para a Galiza".
Quanto aos salários a situação não é a melhor: 23% dos trabalhadores do sector têxtil, 15% na restauração e 9% nos serviços recebe o salário mínimo.
"Em 2013 nós teremos mais de metade dos trabalhadores com profissões habilitadas com o salário mínimo nacional. Daí a nossa reivindicação que o salário mínimo seja aumentado para que em 2013 possa ser de 600 euros", concluiu.
J.N. - 03.09.09
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