Os custos que resultam desta situação ultrapassam os 170 mil milhões de euros por ano, dizem nutricionistas
A União Europeia tem dentro das suas fronteiras cerca de 30 milhões de pessoas subalimentadas, segundo dados tornados públicos ontem durante um congresso de nutricionistas europeus a decorrer em Viena.
"A situação tem sido subestimada. Os dados mostram que 5% a 15% da população total, 40% dos doentes hospitalizados e 60% dos residentes em lares de idosos, se encontram subalimentados ou em risco de o ficarem", explicou o director do Instituto de Biomedicina da Idade, da Universidade de Erlangen (Alemanha), Cornel Sieber.
"Os custos resultantes da subalimentação estão estimados em 170 mil milhões de euros por ano para a UE", afirmou Sieber. Uma soma que "é três vezes superior ao custo da obesidade".
Um estudo recente realizado junto de 75 mil hospitalizados em 30 países evidenciou que 60% dos doentes não consomem na totalidade as refeições. Entre estes, 43% dizem não ter apetite; apenas 25% dos doentes, que não tomaram o almoço, eram depois alimentados por via intravenosa.
Os nutricionistas reunidos em Viena insistem no impacto de uma má nutrição como factor determinante na origem de problemas de saúde. A taxa de mortalidade observada era duas vezes superior à média para as pessoas subalimentadas a residir nos lares de idosos.
Os nutricionistas propõem o acompanhamento sistemático dos doentes e idosos como forma de redução dos riscos de uma situação de subalimentação.
D.N. - 01.09.09
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