As instituições portuguesas que trabalham no apoio social temem que o verdadeiro rosto da crise possa surgir depois de Setembro, pois muitos portugueses poderão perder as importantes prestações sociais com a entrada no último trimestre do ano.
À TSF, Luís Costa, da Caritas de Coimbra, explicou que com o encerramento e a entrada em lay-off de algumas empresas, alguns portugueses, dependendo do contrato que tinham, poderão ver a chegada a Setembro como um «período gravoso».
«Ficarão com a percepção mais clara de que esse subsídio tem um termo certo e já verificámos que aqui na região de Coimbra que depois de Agosto já há anúncios de mais falências. Todo este drama se vai agravar logicamente», acrescentou.
A Caritas diz que vai tentar compensar este problema com a redução ao máximo dos custos dos serviços prestados às famílias, que têm crianças nas creches e jardins-de-infância e familiares em lares, centros de dia e apoios domiciliares.
«Sucessivamente, temos recebido pedidos de redução de mensalidades. Naturalmente, para as instituições isso é gravoso porque os custos não diminuíram, no entanto, compreendemos da parte das famílias a incapacidade de subscrever mesmo que sejam mensalidades mínimas», explicou Luís Costa.
Também Isabel Monteiro, da Caritas de Setúbal, disse ser previsível o aumento dos pedidos de ajuda das famílias.
Em declarações ao Diário de Notícias, a responsável do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonet, parilha das preocupações de Luís Costa, lembrando ainda que muitas das pessoas que vão perder o subsídio de desenmprego nem sequer se podem candidatar ao Rendimento Social de Inserção.
TSF - 26.08.09
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