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06/03/2011

Lisboa - Federação dos Sindicatos repudia supressão de carreiras da Carris

A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações repudiou a supressão e alteração de 14 carreiras da Carris em Lisboa, considerando que o transporte é um "bem social que se deve manter".
Vítor Pereira, presidente da FECTRANS, acusou a Carris de "esconder um plano de redução de oferta à população" e de não ter auscultado as cerca de 20 juntas de freguesia abrangidas pelas alterações no serviço de transportes.
A partir de hoje, a Carris vai suspender seis carreiras: 7 (Praça do Chile -- Sr. Roubado), 39 (Marvila -- Xabregas), 92 (Terreiro do Paço -- Príncipe Real), 752 (Centro Norte -- Centro Sul), 780 (Saldanha -- Portas de Benfica), 204 (Estação do Oriente -- Belém).
Além das suspensões, a empresa vai proceder a ajustes em mais oito carreiras (desde suspensão ao fim-de-semana, alterações de percursos e de horários) "menos utilizados" pelos utentes, "tendo em conta a preocupação de prosseguir o aumento dos níveis de eficiência na gestão dos recursos alocados, designadamente num ano de grande contenção financeira", explica a empresa no seu website.
"Estamos muito preocupados com esta situação, que vai na linha da imposição governamental de reduzir 15 por cento nos gastos da Carris", disse à Lusa Vítor Pereira, considerando que está em causa, com a supressão de carreiras, o direito à mobilidade da população.
O presidente da FECTRANS disse ainda que "suspeita de mais supressões, cortes em horários e encurtamento de percursos", que vão deixar as populações sem alternativas e obrigadas a pagar mais a empresas privadas que, "tal como a Carris, recebem indemnizações compensatórias".

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Lisboa&Concelho=Lisboa&Option=Interior&content_id=1799660

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