Em Portugal existem cerca de 900 mil trabalhadores com contratos não permanentes, o que corresponde a 23% dos trabalhadores por conta de outrem, mas a CGTP considera que os trabalhadores em situação precária serão muitos mais.
O número de contratados a prazo está num estudo da intersindical, baseado em estatísticas oficiais, mas a central sindical estima que "os trabalhadores em situação precária serão muitos mais", dado que parte significativa dos cerca de 830 mil trabalhadores por conta própria são na realidade trabalhadores por conta de outrem com falsos recibos verdes.
De acordo com o documento, a que a agência Lusa teve acesso, ao longo de 2010 o fim dos contratos a termo conduziu ao desemprego mais de 253 mil trabalhadores, o que corresponde a 39% das novas inscrições nos centros de emprego.
A maioria dos trabalhadores precários (60%) é jovem, pois mais de meio milhão de trabalhadores com menos de 35 anos não tem um vínculo laboral efectivo.
A precariedade "não poupa sequer os jovens mais qualificados", diz a CGTP referindo que mais de três quartos das ofertas de emprego registadas nos centros de emprego "são com contratos a prazo e os salários oferecidos cada vez mais baixos".
Aliás, os trabalhadores com contrato a prazo ganham em média menos 30% que os efectivos.
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