As greves nas empresas de transportes e comunicações vão prosseguir, garantiram os representantes dos trabalhadores, que no dia 2 realizaram um desfile de protesto, do Rossio até ao Ministério da tutela, para responsabilizar o Governo pelo facto de não estarem a ser cumpridos os acordos de empresa e a contratação colectiva. Na resolução aprovada frente ao palacete que agora aloja António Mendonça, assinala-se que há directivas diferentes para cada empresa, o que contraria o discurso oficial do ministro, embora todas persigam o objectivo de roubar os salários dos trabalhadores. As medidas do Governo para o sector empresarial do Estado são aproveitadas pelo patronato para suspender a contratação no sector privado, acusa-se ainda no documento. Além da recusa dos cortes salariais e de direitos, os trabalhadores contestam a redução de pessoal e a política de privatização de áreas mais rentáveis, e exigem um serviço público de transportes que responda às necessidades das populações. Rejeitam ainda quaisquer novas medidas de «austeridade», já admitidas publicamente pelo Governo.
Apelando à continuação da luta nas empresas, destaca-se a mobilização para a manifestação de 19 de Março e são referidas várias greves já marcadas no Metropolitano de Lisboa, nos dias 15 e 24, entre as 5.30 e as 12 horas; e na Transtejo e Soflusa, no dia 23, durante três horas por turno.
Nos CTT, prossegue até ao fim do mês uma greve ao trabalho extraordinário, iniciada dia 7, e está em preparação uma concentração de representantes dos trabalhadores, no dia 23. Na STCP termina amanhã uma semana de greve ao trabalho extraordinário. O pessoal da EMEF realiza no dia 21 uma vigília frente ao Ministério da Economia. Na CP e na CP Carga a greve ao trabalho extraordinário decorre até ao final de Abril.
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