Cerca de centena e meia de inspectores tributários acaba de deixar as instalações das Finanças situadas na Rua de Santa Catarina, no Porto, e dirige-se a pé para o Seminário de Vilar, onde vão participar numa acção de formação.
A marcha é uma forma de protesto contra a falta de resposta por parte da tutela às reivindicações destes funcionários do Fisco.
O protesto inédito vem no seguimento da recusa por parte dos inspectores tributários de continuar a utilizar as suas viaturas particulares em deslocações de serviço.
Essa indisponibilidade tem evitado uma série de acções inspectivas e teve início em Janeiro, contando com uma adesão significativa em todo o país, de acordo com a Associação dos Profissionais da Inspecção Tributária (APIT).
A simples falta de resposta por parte do Ministério das Finanças e da própria Direcção-Geral de Impostos está a fomentar a revolta dos cerca de 1833 inspectores. Ontem, o grupo parlamentar do PSD enviou uma série de questões ao Ministério tutelado por Teixeira dos Santos a propósito das reivindicações da APIT.
Além da questão associada ao uso de viaturas pessoais nos serviços, os inspectores criticam o corte nas ajudas de custo e pretendem ainda discutir a revisão da carreira, após terem perdido o vínculo de nomeação definitiva com o Orçamento do Estado de 2009. O Governo considera o momento inoportuno, mas a APIT alega que a reformulação da carreira só teria efeitos quando cessassem as medidas de contenção na Administração Pública.
Sem comentários:
Enviar um comentário