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05/11/2010

Trabalhadores da Lusa questionam fusão com RTP

A comissão de trabalhadores da Lusa elaborou uma carta aberta a questionar o plano, hoje noticiado, da possível fusão da agência noticiosa estatal com a RTP
Explicando que os trabalhadores da Lusa estão «desde meados de Setembro, a tentar reunir com o Presidente do Conselho de Administração da Lusa sem sucesso, apesar das tentativas», os funcionários da agência noticiosa emitiram esta sexta-feira uma carta aberta a questionar as informações veiculadas pela imprensa, que dão conta da possível fusão da Lusa e da RTP numa única empresa.
«Hoje, dia 5 de Novembro, a Lusa e outros órgãos de comunicação social divulgaram duas notícias, na sequência das declarações do ministro Jorge Lacão, em sede da discussão orçamental. Uma notícia contraria a informação anteriormente divulgada no que refere à indemnização compensatória paga pelo Estado à Lusa, adiantando agora que a verba vai ser superior à que foi paga o ano passado, em 4%. Este aumento não deixa de causar estranheza face às circunstâncias e às medidas de austeridade anunciadas que davam conta de um corte orçamental para a Lusa e RTP», enquadra a comissão.
«A estranheza causada por estas notícias, rapidamente deu lugar a uma série de dúvidas e preocupações nos trabalhadores na sequência da segunda notícia divulgada, mais uma vez pela Lusa, e por outros órgãos de comunicação social. Esta notícia informava da existência de um estudo, já em curso, para 'agregar' a LUSA e a RTP com vista a garantir a 'racionalidade e economia de custos'», acrescenta.
Os trabalhadores da Lusa questionam então «o que é que aconteceu para a tutela ter mudado de ideias face à indemnização compensatória da Lusa dado que há menos de um mês ia ser reduzida, e agora será aumentada em 4%».
«Face a este aumento da verba paga pelo Estado mantêm-se os cortes nos salários para 2011? A 'agregação' que o Ministro refere, vai traduzir-se numa fusão efetiva com partilha de instalações (sede e delegações), bem como sinergias de serviços entre Lusa e RTP?», perguntam.
«Esta anunciada 'agregação' das duas empresas terá como consequência dispensar pessoas e/ou extinguir postos de trabalho? Será que este aumento contempla uma verba para proceder a indemnizações para rescisões de contrato, ou pelo contrário, é para investimento na empresa?», remata a missiva.

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3772

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