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05/11/2010

Sector da aviação vai parar no dia da greve geral

Raquel Almeida Correia

Trabalhadores da TAP, da ANA e da NAV vão aderir à paralisação de 24 de Novembro, em protesto contra as medidas de austeridade.
A greve geral vai contar com os trabalhadores do sector da aviação, que, através dos sindicatos que os representam, decidiram aderir à paralisação agendada para 24 de Novembro.

A maioria das estruturas sindicais tomou a decisão esta semana, depois de assembleias gerais em que a adesão à greve foi votada favoravelmente pelos associados.

Foi o caso dos controladores da NAV, responsáveis pela gestão do espaço aéreo nacional. Carlos Felizardo, presidente da Comissão de Trabalhadores (CT) da empresa estatal avançou ao PÚBLICO que "foi tomada uma posição conjunta pelos sindicatos que representam os trabalhadores".

Os pré-avisos de greve já foram entregues "junto do conselho de administração da NAV e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social" esta manhã, afirmou, acrescentando que espera "uma mobilização total dos trabalhadores".

Cortes nas empresas públicas motivam protestos

Também o Sindicato dos Técnicos de Handling dos Aeroportos (STHA), que representa os trabalhadores de empresas como a Grounforce (detida pela TAP) e a Portway (da ANA), decidiu a favor da adesão, depois de uma reunião realizada na passada quarta-feira.

André Teives explicou ao PÚBLICO que "a decisão não foi fácil", mas o facto de "não haver esclarecimentos do Governo quanto à aplicação das medidas de austeridade", nomeadamente em relação aos cortes salariais nas empresas públicas, levou o sindicato a optar por se juntar à paralisação.

Já o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, que representa os tripulantes da TAP, detida a 100 por cento pelo Estado, tem uma assembleia geral marcada para hoje.

A presidente, Cristina Vigon, disse ao PÚBLICO que "sempre foi a favor da adesão à greve" e que, em princípio, deverá ser essa a posição que resultará do encontro agendado para as 21h, adensando ainda mais o grupo de trabalhadores da aviação que vai parar a 24 de Novembro.

Os pilotos também deverão seguir este caminho, embora não de uma forma organizada, já que o sindicato que os representa está em processo de mudança de direcção, o que inviabiliza a entrega de um pré-aviso de greve.

Ainda assim, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil tem incitado estes trabalhadores a aderir aos protestos, através de comunicados em que explica que fazer greve é um direito "individual, basilar, fundamental e inalienável, de todos os trabalhadores".

A definição dos serviços mínimos já está a ser estudada pelo Ministério do Trabalho, com a contribuição dos sindicatos e das empresas.

http://economia.publico.pt/Noticia/sector-da-aviacao-vai-parar-no-dia-da-greve-geral_1464544

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