Milhares de manifestantes concentraram-se hoje em várias cidades da Grécia para protestar contra a reforma de Segurança Social, que pretende prolongar os anos de trabalho e reduzir as pensões.
Sob o lema "Tirem as Mãos da Segurança Social", as manifestações foram organizadas pelas duas principais centrais sindicais do país, a GSEE (um milhão de membros), representando o setor privado, e a ADEDY (375 mil membros) pela função pública.
Em Atenas, os manifestantes empunhavam bandeiras contra a venda de património público, depois de na quarta feira o Governo ter anunciado uma série de privatizações que afetam o sector dos transportes ferroviários e os correios, e marcharam até ao Parlamento.
Em Salónica (norte do país), os manifestantes desfilaram pelo centro da cidade.
A manifestação foi descrita como um ensaio para uma greve que acontecerá quando for entregue o projeto de reforma da Segurança Social no Parlamento, anunciada em maio e que aumentará para os 65 anos a idade da reforma.
A GSEE denunciou as "disposições antissociais" da reforma e a ADEDY indicou que são "medidas antipopulares do Governo, do FMI e da União Europeia".
A apresentação do documento ao Parlamento estava prevista para o final de maio, mas foi adiada por causa das negociações com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para ajudarem o país a sair da crise financeira.
No debate parlamentar de sexta feira, 14 membros da maioria socialista pediram ao Governo para resistir às ordens dos credores do país, acreditando que estas levarão a uma "demolição" da Segurança Social.
http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/Milhares+de+gregos+nas+ruas+contestam+reforma+da+Seguranca+Social.htm
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