Petrolífera vai criar uma estrutura ibérica, motivo por que quer reduzir o número de trabalhadores em Portugal em um terço. Processo de rescisões amigáveis já estava previsto antes da maré negra, mas a catástrofe no golfo do México veio acelerar este processo.
A BP iniciou um processo de rescisões amigáveis em Portugal, com o objectivo de reduzir os seus quadros em 80 pessoas, apurou o DN. A petrolífera quer cortar um terço dos trabalhadores, já que vai criar uma estrutura única na Península Ibérica. Assim, a BP vai deixar de ter uma direcção em Portugal, passando a reportar a Espanha, ficando apenas com alguns dos serviços no território nacional.
O DN sabe que os trabalhadores da petrolífera começaram recentemente a ser informados sobre esta decisão por e-mail, em que a empresa apela aos trabalhadores que queiram entrar em negociações de modo a sair amigavelmente da petrolífera. Serão também visados os funcionários com mais de 50 anos em condições de pré- -reforma. Caso não haja voluntários suficientes para atingir o número pretendido, poderá estar em cima da mesa um processo de despedimento colectivo. Proibidos de falar sobre a crise e da maré negra, os trabalhadores da BP vêem agora os seus empregos em risco devido à forte recessão financeira mundial. No entanto, o recente acidente no golfo do México veio acelerar este processo.
Fonte oficial da BP garante, no entanto, que este processo de reestruturação teve início em 2009 e não tem nada a ver com a maré negra.
Aumento de custos com indemnizações e gastos com limpeza, queda abrupta na Bolsa e descida do rating. Tudo tem acontecido à petrolífera desde o derrame de crude no golfo do México, a 20 de Abril. E há já quem pergunte qual vai ser o futuro da petrolífera.
A BP já gastou quase 1,2 mil milhões de euros em indemnizações e despesas para conter a maré negra. Para acalmar os receios, a petrolífera, numa declaração divulgada antes da abertura da Bolsa londrina, sublinhou a sua forte posição financeira e reafirma que tem "significativa capacidade e flexibilidade" para lidar com os custos de resposta ao derrame de crude no golfo do México.
No entanto, a BP está a ser fortemente afectada pela catástrofe. As suas acções estão a bater mínimos da última década, o rating baixou e as obrigações da empresa e os credit default swaps "estão a ser negociados como lixo", noticia a Bloomberg.
Depois das pressões do Presidente dos EUA, Barack Obama, que avisou a BP para não negligenciar as suas obrigações financeiras para com as vítimas da maré negra, ontem foi a vez de os accionistas porem em causa a petrolífera. Num comunicado divulgado em Londres, a sociedade de advogados Zwerling, Schachter & Zwerling afirma que a empresa não informou adequadamente os investidores acerca das medidas de segurança que dispunham na plataforma em questão para poder responder a um possível acidente.
http://dn.sapo.pt/bolsa/emprego/interior.aspx?content_id=1590207
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