Carmen Rial
O artigo aborda em uma perspectiva antropológica os processos migratórios dos jogadores brasileiros com carreiras de sucesso no sistema futebolístico contemporâneo, buscando compreender as características dessa circulação mundial particular de pessoas e de dinheiro, que apresenta enorme impacto no mediascape: de todas as "exportações" e de todas as emigrações brasileiras ora em curso, a de jogadores de futebol é a que apresenta maior impacto simbólico, tanto aqui como lá. Abordo os projetos, consumos e estilos de vida desses jogadores a partir dos dados de etnografia realizada na Espanha (Sevilha) e na Holanda (Eindhoven), e da interlocução com mais de 40 jogadores brasileiros vivendo ou tendo vivido em países no exterior, em contatos realizados no Canadá, Holanda, Japão, França, Mônaco, Bélgica e também no Brasil. Constato a forte presença de caçulas entre os jogadores (o caçulismo), a proveniência majoritária de camadas sociais subalternas e a adesão predominante a cultos evangélicos. A constante troca de instituição de trabalho (“clubes”), de países e o grande número de "repatriados", caracterizam como uma circulação esse movimento migratório: é o "rodar" de que falam os jogadores, atribuindo a essa noção um valor positivo de propiciar experiência. - Transferir
http://www.antropologia.ufsc.br/primeiraMao.htm
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário