Portugal é o quinto país da UE com maior taxa de desemprego
O desemprego dos jovens com menos de 25 anos atingiu em Portugal, no mês de Fevereiro, uma taxa de 21%, acima dos 20,6% da média dos 27 da União Europeia, revelou ontem o Eurostat, o departamento de estatística da UE. Há um ano a taxa era de 19,2%.
Os dados do Eurostat indicam ainda que a taxa de desemprego total em Portugal se manteve inalterada nos 10,3%, face a Janeiro, mas, quando comparados com os valores de Fevereiro de 2008, a subida é de 1,5%.
Um fenómeno que afecta mais o universo feminino que o masculino, com a taxa de desemprego entre as mulheres a manter a tendência crescente e a atingir já os 10,9%. Em Fevereiro de 2009, a taxa era de 9,6%. Os homens, por seu turno, têm ainda uma taxa de desemprego mais baixa, 9,7%, mas foram os que sofreram um agravamento maior no último ano, da ordem dos 1,7 pontos percentuais.
O desemprego português é o quinto mais elevado no conjunto da União Europeia, que conta com 23,019 milhões de desempregados. No topo do ran-king está Chipre, com 21,7%, seguido da Espanha (19%), Eslováquia (14,2%), Irlanda (13,2%) e Hungria (11%). A Áustria, com 5%, e a Holanda, com 4%, são os menos afectados. Ao nível dos jovens, as taxas mais elevadas são as da Letónia (41,3%) e Espanha (40,7%).
O número de desempregados que se inscrevem nos centros de emprego por não conseguirem ingressar no mercado de trabalho após frequentarem acções de formação profissional mais do que duplicou todos os me-ses desde Dezembro, revelou, por seu lado, o Instituto do Emprego e Formação profissional (IEFP). Nos últimos três meses foram 12 640 pessoas que invocaram estes motivos, contra os 5859 verificados em igual período de 2009.
Assim, o "fim de formação" é já o terceiro motivo mais apresentado para a inscrição nos centros de emprego dos novos desempregados, depois do "fim do trabalho não permanente" e de "despedido".
http://dn.sapo.pt/bolsa/emprego/interior.aspx?content_id=1533388
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