A presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, criticou hoje, em declarações à TSF, os novos moldes em que o Governo vai manter os enfermeiros no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, sublinhando que a situação da urgência pré-hospitalar, em Portugal, é «gravíssima».
De acordo com o vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros, Jacinto Oliveira, na situação anterior, havia «enfermeiros 24 horas por dia, nos CODU do Norte, Centro e Algarve. Neste momento, a indicação do presidente do INEM é de que no CODU do Norte haverá enfermeiros das 8:00 às 20:00, [bem como] no CODU do Centro e Algarve».
Para Guadalupe Simões esta situação é «gravíssima».
«Os enfermeiros são necessários 24horas, é preciso dar orientações a colegas que estão em ambulâncias, etc. e tudo isso está a ser posto em causa. O que se está a passar a nível de urgência pré-hospitalar é gravíssimo», destacou.
Guadalupe Simões critica também as circunstâncias desta decisão do Governo, tomada numa altura em que o país costuma assistir a um aumento do número de acidentes na estrada.
«A questão que se coloca é como é que o Ministério da Saúde retira enfermeiros do CODU - ainda que seja só durante um período do dia - nesta altura da Páscoa. O que está em causa é a assistência às pessoas, às vítimas de acidentes onde quer que estejam, e o Ministério da Saúde vai ser responsável por aquilo que puder vir a acontecer nos próximos dias», lembrou.
Os enfermeiros estiveram em greve até às 8h00 desta quinta-feira, num protesto iniciado na passada segunda-feira em prol das actualizações salariais e da valorização da carreira dos profissionais de enfermagem.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1533782
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