A CGTP e UGT criticaram o governador do Banco de Portugal por voltar a defender a moderação nos aumentos dos salários em 2010.
"É uma vergonha, esta persistência", criticou o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva aos jornalistas, referindo-se às reiteradas afirmações de Vitor Constâncio sobre a necessidade de moderação nos aumentos salariais.
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio considerou hoje que o aumento dos salários para 2010 deverá ser de 1 a 1,5%.
"Isto é a confirmação de que o governador do Banco de Portugal não tem receitas para a crise", disse Carvalho da Silva à margem da X Cimeira Sindical Ibero-America.
"As declarações do governador do Banco de Portugal são mais do mesmo e são muito injustas", afirmou o sindicalista defendendo que Vítor Constâncio deveria preocupar-se mais com a pobreza e as desigualdades.
O líder da CGTP defendeu ainda que "a solução para a crise económica passa pela redução dos lucros dos grandes grupos económicos, pela recentragem do papel do Estado, pelo aumento do investimento público e pela revalorização do emprego público.
O secretário-geral da UGT, João Proença, considerou que as empresas têm que aumentar a sua competitividade à custa da sua modernização e não à custa dos salários.
"As empresas não têm perdido competitividade à custa dos salários, pelo contrário têm ganho competitividade por via dos salários", disse Proença, criticando as declarações do governador do Banco de Portugal.
"Mas não é o governador do Banco de Portugal que fixa os aumentos salariais, são os trabalhadores e as empresas, por via da negociação colectiva", concluiu o sindicalista".
Económico - 23.11.09
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