A percentagem de funcionários contratados a prazo na banca era de 7,1% no ano passado no universo de nove entidades analisadas, embora em alguns bancos essa proporção ultrapasse os 10%.
O órgão coordenador das comissões de trabalhadores do sector bancário fez uma análise dos Balanços Sociais de 2008 de nove entidades bancárias -, BCP, BES, BPI, Santander Totta, Montepio Geral, Banco de Portugal, BBVA e SIBS - e concluiu que no ano passado estes bancos tinham ao seu serviço 3.232 trabalhadores contratados a prazo, em termos médios anuais, embora no final do ano este número fosse de 2.983 trabalhadores.
"As comissões de trabalhadores fizeram esta análise para provar a incoerência que existe entre a precariedade no sector e o desrespeito pelos horários de trabalho", disse à agência Lusa a coordenadora das Comissões de trabalhadores da banca, Palmira Areal.
Segundo Palmira Areal, a contratação a termo na banca "não é pontual", mas sim "um recurso transversal" do sector.
A análise foi feita com base nos dados dos bancos onde existem comissões de trabalhadores organizadas e activas.
Em termos absolutos, o BPI foi o banco com maior número de contratados a termo (793 trabalhadores), seguido do BES (619 trabalhadores) e do BCP (596 trabalhadores).
Mas em termos percentuais, face ao número total de trabalhadores de cada um dos bancos, foi o BBVA que mais ultrapassou a média (com 18,04%), seguido do BPI (com 11,09%) e do BES (com 10,37%).
As nove entidades bancárias empregaram no ano passado 45.495 trabalhadores, em termos médios anuais, embora a 31 de Dezembro esse número fosse de 45.347 trabalhadores.
A CGD foi o maior empregador do grupo analisado, com 10.929 trabalhadores, seguido do BCP, com 10.284 trabalhadores, e do BPI, com 7.150 trabalhadores.
Económico - 27.11.09
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