Nick Reilly, que falava após uma reunião com o governador de Hessen, Roland Koch, adiantou ainda que em Ruesselsheim, principal fábrica da Opel, deverão ser suprimidos tantos empregos como os que estavam previstos na proposta da Magna, investidor austro-canadiano que tentou, sem êxito, compar a maioria das acções da marca alemã.
Reilly não citou números, mas Koch garantiu que não haverá despedimentos colectivos em Ruesselsheim.
O novo chefe da GM sublinhou que Ruesselsheim «é não apenas uma excelente unidade de produção, mas também o centro de pesquisa da Opel», considerando a decisão de transferir a sede da GM Europa de Zurique para esta localidade alemã «um sinal da importância que a empresa atribui a Ruesselsheim».
A agência alemã adiantou, entretanto, citando círculos empresariais, que serão reduzidos 5300 postos de trabalho nas quatro fábricas alemãs da Opel.
A tradicional marca emprega cerca de 25 mil pessoas em Bochum, Eisenach, Kaiserslautern e Ruesselsheim, cerca de metade do total dos funcionários do grupo em toda a Europa.
Reilly reuniu-se na terça-feira com os governadores da Renânia do Norte-Westfália, Juergen Ruettgers, e da Renânia-Palatinado, Kurt beck, anunciando que a GM continua a incluir nos seus planos as unidades de produção em Bochum e Kaiserslautern.
O chefe da GM Europa desloca-se hoje também a Ruesselsheim para conversações com a governadora da Turíngia, Christine Lieberknecht, relativas à fábrica de Eisenach, situada nesta região leste-alemã.
Trata-se da unidade de produção mais moderna da Opel, que produz o modelo Corsa e registou um prejuízo de 569 milhões de euros no ano passado, depois de prejuízos de 41 milhões de euros em 2007.
A GM precisa de 3,3 mil milhões de euros para reestruturar a Opel, e espera obter ajudas financeiras de vários países europeus com fábricas da marca, nomeadamente a Alemanha, Reino Unido, Espanha e Polónia.
Berlim, no entanto, tem-se mostrado reticente. O Governo federal já anunciou que só se pronunciará depois de conhecer o programa de reestruturação.
Na apresentação do programa do novo Governo, há duas semanas, a chanceler Angela Merkel sublinhou também que a GM terá de suportar a maior parte dos encargos financeiros com a reestruturação da Opel, depois de recusar vender uma participação maioritária à Magna.
TSF - 25.11.09
Sem comentários:
Enviar um comentário