Governo e sindicatos reúnem-se hoje, quarta-feira, para negociar a revisão da carreira docente, sendo certo que para a FENPROF e a FNE a reivindicação de acabar com a divisão dos professores em duas categorias não é negociável.
"Vamos levar a proposta que já havíamos apresentado no anterior processo [com a ex-ministra Maria de Lurdes Rodrigues], não mudámos de ideias em três meses, mas é uma base para negociação", garante o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (FENPROF), deixando, porém, um aviso: "Não há disponibilidade da FENPROF para soluções que passem por manter a divisão da carreira", entre professor e professor titular.
Mário Nogueira considera que a proposta defendida pela FENPROF junto da anterior equipa ministerial está "actualíssima", mas frisou que será apresentada ao secretário de Estado adjunto e da Educação, Alexandre Ventura, como "uma base para a negociação".
A reunião de hoje incidirá apenas nas questões da carreira e até segunda-feira a FENPROF conta reagir à proposta que lhe for apresentada pelo Governo, seguindo--se novo encontro na quarta-feira da próxima semana sobre esta matéria.
Também a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) faz questão de acabar com a divisão dos professores em duas categorias.
"A FNE não abre mão do fim da divisão de carreira. Deve haver uma carreira única", declarou o secretário-geral da estrutura, João Dias da Silva, prometendo "disponibilidade de abertura negocial" para outras matérias "se da parte do Governo houver a mesma atitude".
"Não sei qual vai ser a proposta do ME. Nós consideramos que a carreira deve ser atractiva e motivadora. A qualidade da componente científico-pedagógica é que deve determinar o ritmo de progressão", indicou.
João Dias da Silva disse ainda que a profissão docente "não pode sustentar-se em números excessivos de professores contratados".
J.N. - 25.11.09
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