«A situação piorou face ao último estudo da associação em 2004», sendo que «a longa espera atinge agora mais seis por cento de utentes», indica, em comunicado, a associação de defesa de direitos dos consumidores, que para o seu estudo inquiriu 4300 utentes dos serviços de saúde.
A associação concluiu, também, que «os portugueses estão mais satisfeitos com os centros de saúde do que em 2004, mas ainda esperam muito pelas consultas», sendo as regiões Norte e do Algarve as mais afectadas pela demora.
Nestas zonas, «quase metade dos utentes denunciam intervalos superiores a um mês entre a marcação e o encontro com o médico de família» e «quando este profissional pede uma consulta de urgência no hospital mais de um quarto dos inquiridos espera, pelo menos, dois meses», o que reflecte a «falta de especialistas nalgumas áreas», considera a Deco Proteste.
Nos centros de saúde, o médico de família é o elemento com melhor classificação pelos utentes, devido à «competência demonstrada». No entanto, «cerca de um quarto mudava de profissional se pudesse» e «um terço (dos utentes inquiridos) exprime desagrado com a pontualidade ou assiduidade».
«O tempo de espera, serviços ao domicílio, atendimento telefónico e formalidades para marcar consultas e a eficiência dos serviços administrativos são os pontos fracos do funcionamento» dos centros de saúde, revela este inquérito da Deco Proteste.
A organização exige uma «resposta mais rápida aos problemas» e uma «melhor informação sobre o centro de saúde» e considera que «todos os serviços deviam publicar os resultados do seu trabalho, para uma avaliação mais objectiva do desempenho».
TSF - 24.11.09
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