Poucas são as pessoas que entraram hoje, quarta-feira, na Qimonda, depois de terem sido despedidos mais 402 funcionários.
"Há uns meses, entrava nas instalações da Qimonda e via muita gente, todos em stress e era um grande frenesim, hoje parece uma fábrica fantasma, um deserto", lamentou Miguel Frutuoso que faz parte do grupo dos 402 despedidos pela administração.
Restam a trabalhar na fábrica de Vila do Conde 239 pessoas, sendo que as restantes 139 estão em lay-off.
Em relação ao ambiente que se vive no interior da fábrica nesta quarta-feira, findo o primeiro período de lay-off, Miguel Frutuoso diz que é de "tristeza e de medo", refere.
"Ninguém sabe como vai ser o futuro e, além disso, instalou-se o medo no coração das pessoas em relação a tudo o que possa advir desta administração", acrescentou.
No caso deste trabalhador, até lhe pediram, segundo o mesmo, para ser "contido nas declarações" que faz aos jornalistas, algo que não teve em conta, porque se considera "uma pessoa livre", logo "falo, comento e opino acerca do que quero e bem entendo", sublinha.
Miguel Frutuoso vai começar, de imediato, a procurar emprego, porque se recusa a ficar até 2011 ou 2012 "à espera que a empresa entre em velocidade de cruzeiro e possa ser readmitido", como tem sido veiculado pela administração.
A 'queda' da Qimonda começou em Janeiro e, desde essa altura, já foram despedidos cerca de 1700 trabalhadores, estando agora vinculados à fábrica apenas 378 pessoas.
Esta quarta-feira, começou o segundo período de lay-off que terminará a 4 de Maio.
J.N. - 04.11.09
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