"O conselho de administração aprovou a proposta de apresentar voluntariamente um processo ao Tribunal de Falências de Nova Iorque", informou o grupo num comunicado, divulgado após um conselho da administração realizado hoje em Nova Iorque.
O processo diz apenas respeito à "casa-mãe" da CIT e não às suas agências e filiais, o que lhe permite prosseguir com a sua actividade, segundo o comunicado.
Com activos no valor de 71 mil milhões de dólares, a CIT é a quinta maior empresa a declarar falência na história dos Estados Unidos.
A falência da empresa já era esperada nos meios financeiros, uma vez que a CIT foi fortemente afectada pela a crise financeira dada a sua exposição excessiva a empréstimos hipotecários com um alto nível de risco.
A administração norte-americana tinha investido na CIT 2,3 mil milhões de dólares, para tentar salvá-la da falência, no âmbito do plano de resgate de empresas em dificuldades que, desde o início da crise financeira, já ascende a 400 mil milhões de dólares.
A falência ocorre na sequência de um acordo com os principais credores do grupo, que depois de reticências iniciais deram sexta-feira o seu apoio ao projecto de reestruturação da direcção.
Numa tentativa de salvaguardar a recuperação, a empresa conseguiu sexta-feira um acordo com o investidor Carl Icahn, que se comprometeu a apoiar o plano de recuperação com um financiamento de mil milhões de dólares.
O grupo espera agora que o tribunal confirme "rapidamente" a reestruturação, que deverá permitir à empresa "reduzir o seu endividamento total em cerca de 10 mil milhões de dólares, reduzir claramente as suas necessidades de liquidez ao longo dos próximos três anos, melhorar as taxas de capitalização e acelerar o seu regresso à rentabilidade", lê-se no comunicado.
Os documentos apresentados ao tribunal de falências indicam que o endividamento da empresa é de 65 mil milhões de dólares.
A partir de segunda-feira, a empresa deixará de estar cotada na bolsa de Nova Iorque.
Destak.pt - 02.11.09
Sem comentários:
Enviar um comentário