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03/11/2009

Castelo Branco - Menos 800 no têxtil e vestuário em distrito com 10 mil desempregados

Os sectores têxtil e de vestuário do distrito de Castelo Branco perderam 800 trabalhadores desde Outubro de 2008, engrossando o número de desempregados que ultrapassa os 10 mil no distrito, anunciou ontem, segunda-feira, fonte sindical.

"Entre 56 a 60% do total do distrito não recebem subsídio de desemprego", salientou Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB) em conferência de imprensa. Como solução, o sindicalista defendeu "intervenções do Governo em empresas capazes", em vez de "dar mais apoios sociais". Um tema que o STBB pretende discutir com o ministro da Economia, ao qual já solicitou uma audiência.

"A resposta aos problemas que colocamos não é exclusivamente de carácter social. Até serve de "populismo bacoco": perante as dificuldades tomam-se medidas sociais. É certo que servem para acudir a situações de emergência, mas não resolvem problemas de fundo, que são as medidas de política económica", sublinhou.

Segundo Luís Garra, as confecções Carveste, Vesticon, Mateus e Mendes, Proudmoments e Avri, são algumas das que atravessam situações difíceis mas que têm condições e mão-de-obra qualificada para um futuro seguro.

O sindicalista defende que o Governo deve orientar uma rede de contactos para que as empresas tenham boas carteiras de encomendas e intervir caso a caso, "como já aconteceu no tempo do engenheiro Guterres" - nuns casos "com apoio financeiro, noutros reorientação da gestão, ou noutros ainda com consolidação de dívidas".

"O importante é que associada às intervenções haja a nomeação pelo Estado de gestores que controlem a aplicação dessas ajudas", sublinhou. Luís Garra tem esperança que o novo ciclo governativo abra portas a soluções. "É um governo de maioria relativa e o Ministério da Economia tem poderes mais amplos".

J.N. - 03.11.09

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