A porção dos alunos portugueses que detém competências consideradas excelentes na área das ciências, leitura e matemática é uma das mais baixas no quadro dos países da OCDE: apenas 4,6%, 5,7% e 3,1%, respectivamente, atingem esse patamar de exigência. Estes resultados colocam os jovens portugueses com idade entre os 15-16 anos, que completaram pelo menos seis anos do ensino formal, longe das classificações obtidas por indivíduos com o mesmo perfil etário e escolar de países como a Finlândia, Coreia do Sul, Nova Zelândia, Canadá, ou mesmo da média da OCDE. Portugal apresenta, no contexto da OCDE, uma das menores percentagens de alunos provenientes de meios sociais desfavorecidos que atingem performances excelentes (“top performance”) e boas (“strong”) em ciências, leitura e matemática: 18,0% e 29,1%, respectivamente, resultado semelhante ao verificado ocorre na Grécia, França e Estados Unidos. Em comparação com os demais países, Japão, Finlândia, Canadá e Coreia do Sul destacam-se pela alta percentagem de alunos com proveniências sociais desfavorecidas que obtêm resultados considerados excelentes e bons. Os gráficos 3 e 4 apresentam as classificações excelentes, obtidas nas três áreas de conhecimento, por homens e mulheres. Em geral, no quadro dos países da OCDE, os alunos autóctones atingem em maior número os dois patamares superiores da classificação, nas três áreas de competências. Nova Zelândia, Áustria e Irlanda são os únicos países em que os alunos com origem imigrante atingem com mais frequência a classificação excelente. Em Portugal, os alunos autóctones atingem sempre em maior número os melhores resultados, especialmente no caso dos desempenhos classificados como bons.
Nos países da OCDE, é tendencialmente na matemática que mais estudantes do sexo masculino apresentam classificações excelentes. A excepção vai para os Estados Unidos e Reino Unido, onde as ciências constituem o domínio em que os alunos com os melhores resultados são mais frequentes. Nos restantes países as competências nesta área ocupam o 2º lugar. Em praticamente todos os países, os desempenhos excelentes em leitura, nos jovens do sexo masculino, não ultrapassam os 10%. Portugal é dos países da OCDE que apresenta para estes indicadores piores resultados, com apenas 4,0%, 7,9% e 3,5% dos alunos do sexo masculino a obterem performances excelentes em ciências, matemática e leitura, respectivamente.
A percentagem de alunas portuguesas que atingiram performances excelentes no PISA é das mais baixas no conjunto dos países analisados. Em comparação com os alunos do sexo masculino portugueses, concluiu-se que os resultados para o sexo feminino são mais elevados na leitura, e mais baixos nas ciências e matemática, tendência generalizada nos demais países da OCDE. Austrália, Japão, Irlanda, Reino Unido e Espanha são os únicos países em que as competências das alunas em ciências ultrapassam as demonstradas em leitura e/ou matemática.
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
14/09/2009
Pisa 2006: Portugal tem poucos alunos com altas competências em ciências, leitura e matemática
Homens apresentam, em geral, melhores resultados do que as mulheres, tal como acontece no caso dos alunos autóctones comparativamente aos imigrantes.
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