O secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Bernard Thibault, afirmou a meio da tarde de hoje que já havia praticamente 1,6 milhões de franceses só em pouco mais de metade das manifestações que estavam a decorrer por todo o país.
"É muito claro que há mais manifestantes do que em 29 de Janeiro", sublinhou, enquanto o líder de outra central sindical, a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), François Chéréque, falava de "uma jornada conseguida".
Os números divulgados a meio da tarde referiam-se a 58 por cento das 229 manifestadas em toda a França pela generalidade dos sindicatos, entendendo a CGT que isto significava terem-se reunido hoje mais 20 a 25 por cento das pessoas que haviam estado na rua no fim de Janeiro.
Foi a segunda greve geral em menos de dois meses e pela primeira vez o pessoal das empresas privadas juntou-se ao do sector público, pelo facto de muitos cidadãos entenderem que o Presidente Nicolas Sarkozy não os está a proteger devidamente dos efeitos da crise económica global.
A polícia falou de 85.000 manifestantes só em Paris, mas a CGT inflacionou esse número até aos 350.000, contra os 300.000 verificados semanas antes. Antes da manifestação de Paris já tinham decorrido desfiles em cidades como Marselha, Lyon e Grenoble. A primeira secretária do Partido Socialista, Martine Aubry, desfilou em Lille e a antiga candidata presidencial da mesma formação política Ségolène Royal marcou presença em Poitiers.
As oito centrais sindicais que se uniram nesta acção esperam que a mesma sirva para que o Governo tome novas medidas a favor dos trabalhadores, mas o primeiro-ministro François Fillon já anunciou que não deverão aguardar "nenhum pacote suplementar".
Público.pt - 19.03.09
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