Os transportes aéreos e ferroviários estão hoje a sofrer perturbações em França devido à jornada de greve e mobilização nacional lançada pelos sindicatos para reclamar aumentos salariais e melhores apoios ao emprego.
O governo "deverá aceitar voltar a discutir com os sindicatos na base das reivindicações que apresentámos no princípio do ano", que falam "de emprego, poder de compra, investimentos e políticas públicas", afirmou esta manhã Bernard Thibault, secretário-geral da CGT, a principal central sindical francesa.
O tráfego aéreo está ligeiramente perturbado no aeroporto parisiense de Orly, onde vários voos foram cancelados. A Direcção-geral da Aviação Civil (DGAC) previu perturbações do tráfego aéreo "em todo o território" devido a paralisações por parte de controladores aéreos.
A companhia francesa de caminhos-de-ferro (SNCF), onde o movimento de greve começou quarta-feira à noite, paralisando comboios nocturnos, indicou por seu lado que o tráfego ferroviário estava perturbado, nomeadamente na rede parisiense.
A SNCF previu garantir em média 60 por cento dos comboios de alta velocidade (TGV), sendo no entanto normal para as composições Eurostar para Londres e Thalys para Bruxelas.
Os sindicatos apelaram para uma vasta mobilização e esperam ultrapassar a de 29 de Janeiro, quando conseguiram juntar entre 1 e 2,5 milhões de manifestantes em toda a França.
A principal manifestação, em Paris, tem início previsto para as 14:00 (13:00 em Lisboa).
O primeiro-ministro francês, François Fillon, advertiu que não haverá "nenhum envelope suplementar" depois dos 2,6 mil milhões de euros acordados a 18 de Fevereiro para as famílias mais desfavorecidas.
O movimento de protesto é apoiado por uma grande maioria dos franceses, com 78 por cento a considerarem "justificada" a jornada de luta, segundo uma sondagem publicada na terça-feira.
J.N. - 19.03.09
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