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16/05/2011

Crise poderá ter aprofundado desigualdades de rendimento

De acordo com a previsão apresentada pelo FMI no relatório “Regional Economic Outlook: Europe”,  Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha poderão ser os países mais afectados.
O desemprego, a forte segmentação do mercado de trabalho ao nível das relações contratuais e a baixa qualificação escolar contribuem para o aumento das desigualdades de rendimento. Quanto mais duradouro é o tempo médio de desemprego, maior tende a ser a dispersão dos rendimentos e o nível de desigualdade económica. O mesmo acontece em mercados de trabalho com uma forte incidência de vínculos temporários, porque este tipo de mercados apresentam uma maior disparidade dos salários e benefícios dos trabalhadores temporários face aos dos que têm vínculos sem termo/permanentes. A partir da análise dos factores determinantes para a explicação da desigualdade de rendimento nos países da OCDE no período 1980-2005, o FMI estima que o aumento do desemprego na zona euro possa ter aumentado essas assimetrias na zona euro em dois pontos percentuais e em 10 pontos percentuais na Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha. O indicador usado para medir as desigualdades de rendimento foi o coeficiente de Gini
 
http://observatorio-das-desigualdades.cies.iscte.pt/index.jsp?page=news&id=162

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