No seu «programa eleitoral» o PSD parece ter-se esmerado a ser «mais papista que o papa», ou seja mais troikista que a própria troika, em matéria de malfeitorias a aplicar ao País.
É o caso da famosa «diminuição da Função Pública», sector em que a troika se limita a «recomendar» a efectivação dessa redução, enquanto o PSD se abalança a propor um novo rácio entre saídas e entradas: cinco para um! Isto quer dizer que, por cada cinco funcionários públicos que saiam dos quadros, só deverá entrar um.
Com este novo método, em dois mandatos governamentais teremos a Função Pública reduzida a metadezero funcionários. dos seus actuais funcionários, o que permitirá ambicionar, sem medo, que em quatro mandatos se obtenha o «sétimo céu» nesta matéria: uma Função Pública com
Nessa altura, Pedro Passos Coelho deve boiar entre nuvens, banhado de felicidade.
Mas nuvens privadas – porque públicas acabou-se, já não haverá funcionários que tratem delas...
Extinções
Ao que parece, faz parte do acordo com a troika a fusão ou extinção de autarquias, o que está a gerar sururu e contestação de Norte a Sul do País, seja em autarquias com gestão de esquerda ou de direita. O «desconforto» é de tal ordem que o actual secretário de Estado do sector, José Junqueiro, saiu do seu actual papel de «governante em gestão» para acusar a troika de «ignorância», nesta matéria.
Está, sem dúvida, cheiinho de razão: manifestamente, a troika ignora imensas coisas sobre Portugal e os portugueses.
Por exemplo, nesta questão autárquica nacional ignora, sem dúvida, a história do País, nomeadamente o que aconteceu quando quiseram impor, por repentina força de lei, a mudança dos sepultamentos para fora dos terrenos das igrejas: houve a «revolta da Maria da Fonte».
E, aí, a medida dos sepultamentos fora das igrejas, proposta pelo «governo dos Cabrais», até era correcta e tinha como pano de fundo preocupações fundamentadas com a saúde pública.
O que acontecerá agora, em que estas «fusões» e «extinções» exigidas pela troika colidem, esmagadoramente, com os interesses da generalidade das populações?
Deduções
O cálculo está feito: com a simples alteração das «deduções à colecta» decidida pelo Governo nas declarações do IRS, as famílias portuguesas irão, em média, receber menos 450 euros em cada nova declaração deste imposto.
Se contarmos, por exemplo, meio milhão de famílias, só com essas o Governo irá arrecadar 225 milhões de euros na simples redução das «deduções à colecta» (que incluem despesas de Saúde, de Ensino e de habitação, por exemplo).
Aos bancos, é claro, é que nem um cêntimo a mais este Governo e a troika que agora o comanda se lembram de ir buscar.
Provavelmente, porque acham que o milhão de euros diários que o sector bancário arrecada em lucros é «coisa pouca»...
É o caso da famosa «diminuição da Função Pública», sector em que a troika se limita a «recomendar» a efectivação dessa redução, enquanto o PSD se abalança a propor um novo rácio entre saídas e entradas: cinco para um! Isto quer dizer que, por cada cinco funcionários públicos que saiam dos quadros, só deverá entrar um.
Com este novo método, em dois mandatos governamentais teremos a Função Pública reduzida a metadezero funcionários. dos seus actuais funcionários, o que permitirá ambicionar, sem medo, que em quatro mandatos se obtenha o «sétimo céu» nesta matéria: uma Função Pública com
Nessa altura, Pedro Passos Coelho deve boiar entre nuvens, banhado de felicidade.
Mas nuvens privadas – porque públicas acabou-se, já não haverá funcionários que tratem delas...
Extinções
Ao que parece, faz parte do acordo com a troika a fusão ou extinção de autarquias, o que está a gerar sururu e contestação de Norte a Sul do País, seja em autarquias com gestão de esquerda ou de direita. O «desconforto» é de tal ordem que o actual secretário de Estado do sector, José Junqueiro, saiu do seu actual papel de «governante em gestão» para acusar a troika de «ignorância», nesta matéria.
Está, sem dúvida, cheiinho de razão: manifestamente, a troika ignora imensas coisas sobre Portugal e os portugueses.
Por exemplo, nesta questão autárquica nacional ignora, sem dúvida, a história do País, nomeadamente o que aconteceu quando quiseram impor, por repentina força de lei, a mudança dos sepultamentos para fora dos terrenos das igrejas: houve a «revolta da Maria da Fonte».
E, aí, a medida dos sepultamentos fora das igrejas, proposta pelo «governo dos Cabrais», até era correcta e tinha como pano de fundo preocupações fundamentadas com a saúde pública.
O que acontecerá agora, em que estas «fusões» e «extinções» exigidas pela troika colidem, esmagadoramente, com os interesses da generalidade das populações?
Deduções
O cálculo está feito: com a simples alteração das «deduções à colecta» decidida pelo Governo nas declarações do IRS, as famílias portuguesas irão, em média, receber menos 450 euros em cada nova declaração deste imposto.
Se contarmos, por exemplo, meio milhão de famílias, só com essas o Governo irá arrecadar 225 milhões de euros na simples redução das «deduções à colecta» (que incluem despesas de Saúde, de Ensino e de habitação, por exemplo).
Aos bancos, é claro, é que nem um cêntimo a mais este Governo e a troika que agora o comanda se lembram de ir buscar.
Provavelmente, porque acham que o milhão de euros diários que o sector bancário arrecada em lucros é «coisa pouca»...
http://www.avante.pt/pt/1954/argumentos/114602/
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