A Confederação Europeia de Sindicatos alertou hoje contra as propostas de ajustes salariais incluídas, entre outras, no pacto de competitividade proposto pela França e pela Alemanha e considerou injusto que sejam os trabalhadores a pagar uma crise causada pelo sistema financeiro.
"É profundamente injusto transferir agora para os salários e para os trabalhadores a responsabilidade da crise, quando os que beneficiaram da especulação são livres para voltar aos seus negócios como no passado", disseram os sindicatos europeus, em comunicado.
Numa reunião hoje, em Bruxelas, que coincidiu com o início do encontro dos ministros da Finanças da zona euro, as organizações sindicais europeias alertaram para o risco de que a Europa se converta numa "potência quase colonial, intervindo nos salários e desregulando os sistemas de negociação colectiva".
A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) disse também que não aceitará propostas, como a do Pacto de Competitividade franco-alemão, que "faça dos salários o único instrumento" de ajustamento económico. "Os ordenados flexíveis farão piorar as coisas. Desequilibram a economia, favorecendo as tendências de deflação ou de inflação e agravando as desigualdades", disse o secretário-geral da organização, John Monks.
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