Os portugueses são dos mais pessimistas da União Europeia quanto à situação nacional, sendo que 93 por cento a considera 'má' ou 'muito má' e apenas uma minoria acredita que vai melhorar no próximo ano, segundo o Eurobarómetro.
Apenas 5 por cento dos portugueses acredita que a situação económica do país vai melhorar nos próximos 12 meses, predominando um pessimismo em relação ao futuro individual e do país, revela o Eurobarómetro sobre a Opinião Pública na União Europeia realizado no Outono de 2010.
Os portugueses fazem uma "avaliação muito negativa da situação nacional", sendo que apenas 6 por cento considera a situação nacional 'boa', enquanto 93 por cento a considera 'má' ou 'muito má'.
As avaliações mais negativas sobre a situação económica atual dos seus países cabem contudo à Irlanda (98 por cento), Grécia (98 por cento) e Espanha (97 por cento).
Segundo o estudo, a avaliação negativa da economia "reflete-se também na avaliação da situação do emprego em Portugal", o país da União Europeia com a menor proporção de inquiridos com expetativas positivas em relação a esta questão no país.
Na avaliação do mercado de trabalho atual, a Espanha (99 por cento), Grécia (98 por cento) e Irlanda (97 por cento) - países mais afetados pela crise da dívida soberana - superam Portugal no negativismo.
Os portugueses mostraram também uma tendência negativa na avaliação da integração europeia, embora se mantenham opiniões favoráveis em relação à UE, ao alargamento e à integração europeia nos domínios da economia, da política externa e da defesa e segurança.
Apesar disso, reconhecem que a UE é a instituição melhor posicionada para agir eficazmente contra a crise económica e financeira e consideram que a moeda única atenuou os efeitos da crise.
A nível nacional, os portugueses defendem um aumento do défice público para gerar emprego, atribuem menor prioridade à consolidação orçamental que os europeus em geral e avaliam positivamente os grandes objetivos da Estratégia Europa 2020.
Sem comentários:
Enviar um comentário