As três escolas do Agrupamento da Sertã estão, esta quinta-feira, sem aulas devido a greve do pessoal não docente, "solidário com sete trabalhadoras" em risco de perderem o emprego.
A greve foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública, que acusa o Ministério da Educação de "dispensar funcionárias que fazem falta à escola" e "pôr em causa o sustento de sete famílias", explicou esta manhã Carlos Bicho, dirigente sindical.
Uma das funcionárias em causa, Sandra Fernandes, disse à Agência Lusa que não tem outra alternativa de emprego e que admite recorrer para os tribunais. "Se abriram concurso para outros colegas, também deviam abrir para nós", sublinhou.
Sandra Fernandes considerou, ainda, que as sete funcionárias são fundamentais para o bom funcionamento da escola. "Por vezes temos dificuldades quando falta uma pessoa, o que será com menos sete", disse.
O Ministério da Educação recebeu a gestão do agrupamento depois de a Câmara da Sertã ter rompido o contrato de delegação de competências em Dezembro.
O director do agrupamento, com cerca de dois mil alunos e 79 funcionários não docentes, reconheceu que as sete funcionárias "vão fazer falta", mas adiantou que "não há impossíveis".
De acordo com Alfredo Serra, os contratos não podem ser prorrogados "devido à proporção entre alunos e funcionários imposta por lei" e porque "os contratos já foram renovados o máximo de vezes possível".
No entanto, Carlos Bicho refere que há mecanismos "para fazer a prorrogação dos contratos" e que isso "ainda é possível".
Pais e encarregados de educação assim como alunos juntaram-se à porta da Escola Secundária da Sertã, sede do agrupamento, como forma de apoio às funcionárias. Em comunicado, a associação de pais diz-se preocupada com as condições de segurança dos alunos.
Sem comentários:
Enviar um comentário