O Sindicato do Centro Indiano espera um milhão de pessoas nesta manifstação (B Mathur/Reuters)
Dezenas de milhares de pessoas juntaram-se hoje em Nova Deli, na Índia, para protestar contra a subida dos preços dos alimentos e o desemprego.
O protesto organizado por sindicatos começou no início da manhã com uma marcha de cerca de 50 mil pessoas pelas ruas da capital indiana até ao edifício do Parlamento. Os manifestantes, que estão a chegar à capital vindos de todos os pontos do país, seguram bandeiras encarnadas com o símbolo comunista e cartazes onde se lêem frases como “a subida dos preços vai matar o homem comum”.
Num país onde vivem mais de mil milhões de pessoas e que é a terceira maior economia asiática, Kailash Sain, que veio do Rajastão, no oeste da Índia, depois de revelar que os indianos recebem entre 100 e 125 rupias (dois a três euros) por dia, pergunta: “Como vamos sobreviver com isto se os preços são tão altos?"
Akhil Samamtray, outro dos manifestantes, conta à Reuters: “Viemos aqui para que as nossas vozes se oiçam dentro do Parlamento e para que se veja o sofrimento pelo qual o homem comum está passar”.
A presença de sindicalistas do partido do Congresso, o partido do primeiro-ministro Manmohan Singh, é um importante indicador da preocupação e descontentamento que se vive, até dentro do próprio partido no poder.
De acordo com vários analistas, as políticas do Governo, entre as quais está a subida dos juros por sete vezes no mesmo ano, são tardias e incapazes de controlar a inflação galopante que se tem vindo a verificar nos preços dos alimentos.
Estes protestos chegam um dia depois de Singh ter cedido às exigências da oposição de levar a cabo uma investigação multipartidária sobre o escândalo que eclodiu no ano passado, com a descoberta de uma venda fraudulenta de licenças de telemóveis de segunda geração, realizada em 2008, que terá prejudicado o tesouro público indiano em cerca de 40 mil milhões de dólares.
Este escândalo acabou por levar à detenção do ministro das telecomunicações, A. Raja, e colocou Manmohan Singh numa posição frágil, em que é apontado como sombra de Sonia Gandhi, a presidente do Partido do Congresso. A imprensa tem classificado Singh como um “primeiro-ministro honesto rodeado por uma administração desonesta”.
A polícia não tem dados certos sobre o número de manifestantes que enchem as ruas paralisando o trânsito, mas o Sindicato do Centro Indiano, que juntou as suas forças com outros sindicatos, diz esperar um milhão de pessoas vindas de 19 estados. Este é um dos maiores protestos anti-governo em Nova Deli nos últimos anos.
Num país onde vivem mais de mil milhões de pessoas e que é a terceira maior economia asiática, Kailash Sain, que veio do Rajastão, no oeste da Índia, depois de revelar que os indianos recebem entre 100 e 125 rupias (dois a três euros) por dia, pergunta: “Como vamos sobreviver com isto se os preços são tão altos?"
Akhil Samamtray, outro dos manifestantes, conta à Reuters: “Viemos aqui para que as nossas vozes se oiçam dentro do Parlamento e para que se veja o sofrimento pelo qual o homem comum está passar”.
A presença de sindicalistas do partido do Congresso, o partido do primeiro-ministro Manmohan Singh, é um importante indicador da preocupação e descontentamento que se vive, até dentro do próprio partido no poder.
De acordo com vários analistas, as políticas do Governo, entre as quais está a subida dos juros por sete vezes no mesmo ano, são tardias e incapazes de controlar a inflação galopante que se tem vindo a verificar nos preços dos alimentos.
Estes protestos chegam um dia depois de Singh ter cedido às exigências da oposição de levar a cabo uma investigação multipartidária sobre o escândalo que eclodiu no ano passado, com a descoberta de uma venda fraudulenta de licenças de telemóveis de segunda geração, realizada em 2008, que terá prejudicado o tesouro público indiano em cerca de 40 mil milhões de dólares.
Este escândalo acabou por levar à detenção do ministro das telecomunicações, A. Raja, e colocou Manmohan Singh numa posição frágil, em que é apontado como sombra de Sonia Gandhi, a presidente do Partido do Congresso. A imprensa tem classificado Singh como um “primeiro-ministro honesto rodeado por uma administração desonesta”.
A polícia não tem dados certos sobre o número de manifestantes que enchem as ruas paralisando o trânsito, mas o Sindicato do Centro Indiano, que juntou as suas forças com outros sindicatos, diz esperar um milhão de pessoas vindas de 19 estados. Este é um dos maiores protestos anti-governo em Nova Deli nos últimos anos.
http://www.publico.pt/Mundo/milhares-de-indianos-marcham-contra-a-subida-do-preco-dos-alimentos_1481735
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