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27/01/2011

Supermercados Freitas: 238 reclamam salários e direitos

Os 238 trabalhadores da rede de Supermercados Freitas manifestaram-se, ontem de manhã, em frente ao centro de distribuição de Avidos, em Vila Nova de Famalicão. Em causa está o facto das lojas terem fechado sem que eles tenham sido despedidos.
Os funcionáriosnreclamam uma solução definitiva dado que com as lojas fechadas não têm trabalho e sem serem oficialmente despedidos não podem requerer subsídio de desemprego.
"Desde Novembro que não recebemos salários e não nos aconselham a rescindir contratos porque temos direitos adquiridos ao longo dos anos em que trabalhamos aqui", referiu Mário Silva, colaborador da loja de Vila Nova de Famalicão.
Para o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, Manuel Carvalho, é uma situação "insustentável".
"A empresa fechou de forma ilegal e arbitrária e não accionou qualquer processo de despedimento", adiantou o sindicalista, frisando que os trabalhadores têm em atraso os salários de Novembro e de  Dezembro, bem como o subsídio de Natal. A eles se juntará, o ordenado de Janeiro.
Segundo Manuel Carvalho, o caso já foi comunicado à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) que "deveria já ter clarificado a situação". "Há ineficácia da ACT. Nunca funciona. Segundo eles, por falta de meios legais para intervir", adiantou. O JN  não conseguiu obter esclarecimentos da ACT. 
Alguns trabalhadores pediram já a suspensão do contrato de trabalho por forma a poderem obter alguma fonte de subsistência através da Segurança Social. Ao que apuramos, a administração requereu a insolvência, mas o processo foi arquivado por falta de documentação.
Entretanto corre no Tribunal de Guimarães um outro processo de insolvência requerido por um fornecedor e por alguns trabalhadores como é o caso de Sílvia Pereira. A trabalhadora da loja de Braga ainda não suspendeu o contrato de trabalho porque está a aguardar o resultado do pedido de insolvência.
A trabalhadora confessou ter sido apanhada de surpresa com o encerramento das lojas. "Falava-se que as lojas iam passar para outra marca e chegaram a estar, em Braga, pessoas a ver o local. Depois encerraram as lojas", contou.
As lojas da rede de supermercados encerraram em Dezembro quando começou a ser executada uma penhora de um fornecedor.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Vila%20Nova%20de%20Famalic%E3o&Option=Interior&content_id=1767389&page=-1

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