O "aumento massivo" do desemprego foi uma das duas maiores consequências da crise no que toca aos jovens e ao trabalho. A segunda foi a enorme quantidade de pessoas entre os 15 e os 24 anos de idade que desistiram de encontrar emprego, conclui a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no "Global Employment Trends" para 2011.
Em todo o mundo, no ano passado, quase 78 milhões de jovens estavam sem trabalho. Mas a taxa de desemprego (12,6%) "subestima a severidade com que a crise atingiu os jovens". Nos 56 países que recolhem dados trimestrais (como Portugal), há menos 1,7 milhões de jovens a querer trabalhar do que haveria sem a crise, "indicando que o desânimo subiu de forma aguda".
A OIT notou que a economia mundial cresceu no ano passado, mas nem o emprego acompanhou o ritmo nem o desemprego baixou sensivelmente. Para este ano, não está mais optimista: este ano, o desemprego deverá atingir 203,3 milhões de pessoas, quase tantas quantas no ano passado. "Muitas economias simplesmente não estão a gerar emprego suficiente para absorver o aumento da população em idade activa", sobretudo Europa e nas economias desenvolvidas, adianta o relatório. A União Europeia foi responsável por mais de metade do aumento do desemprego, entre 2007 e 2010.
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