Na sexta-feira, dia 26, algumas centenas de trabalhadores do Município de Lisboa concentraram-se frente aos Paços do Concelho, respondendo ao apelo dos sindicatos da CGTP-IN (STML e STAL), com o objectivo de contestarem a reestruturação dos serviços camarários, proposta pelo PS e que nesse dia ia a reunião de Câmara. Viria a ser aprovada com os votos do PS e «independentes». O PSD absteve-se, o CDS e o PCP votaram contra.
Para o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, a reestruturação é lesiva para a cidade e para os funcionários municipais. A «externalização» de serviços (concessão à EPAL da rede de saneamento em baixa; passagem da recolha de resíduos urbanos do DHURS para uns serviços municipalizados a criar; atribuição da gestão de todos os museus e galerias municipais à empresa municipal EGEAC; e passagem da gestão de refeitórios e creches para os Serviços Sociais da CML), como o desmantelamento da Manutenção e Reparação Mecânica ou o início da passagem da Higiene Urbana para as freguesias vêm pôr em causa o futuro de cerca de três mil postos de trabalho e constituem portas abertas a futuras decisões de privatização, num caminho que já mostrou ter garantida a degradação da qualidade dos serviços públicos.
Valsan
Também na manhã de dia 26, trabalhadores da Valsan, Valdemar Santos, em processo de insolvência apesar de ter recebido mais de dois milhões de euros de fundos públicos desde 2001, manifestaram-se frente ao Governo Civil do Porto, exigindo emprego com direitos e a manutenção dos postos de trabalho. A Concelhia de Gaia do PCP reafirmou no local a solidariedade activa dos comunistas, que já levaram o caso à Assembleia Municipal, à AR e ao Parlamento Europeu.
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