Os controladores aéreos espanhóis decidiram invocar problemas físicos para abandonar os postos de trabalho, sem aviso o que levou já ao encerramento de todo o espaço aéreo no país. Oito voos da TAP para o país estão suspensos, um já foi cancelado e muitos outros com destino à Europa terão de ser reprogramados.
O encerramento do espaço aéreo espanhol surge em vésperas da maior ponte nacional, a chamada "ponte da Constituição", com dois feriados para segunda e quarta-feira. De acordo com a imprensa espanhola, 250 mil passageiros poderão ser afectados.
A decisão dos controladores, 2300 ao todo em Espanha, surge depois de esta semana o Governo de José Luis Zapatero ter anunciado a intenção de privatizar a AENA, a gestora aeroportuária espanhola, responsável pelas principais infra-estruturas aeroportuárias do país, como Madrid e Barcelona.
Para além disso, o executivo de Zapatero aumentou as horas anuais exigíveis aos controladores, através de um diploma hoje aprovado em Conselho de Ministros. Os controladores aéreos têm de cumprir 1670 horas anuais e alegam já ter cumprido esse número de horas.
As horas feitas a mais eram pagas como extraordinárias mas, segundo o pacote de medidas de austeridade espanhol, o Governo decidiu acabar com o pagamento extra e aumentar o número de horas recorrendo aos dias a que os trabalhadores tinham direito para assistência parental ou em caso de morte de familiares. Perderam assim esse direito. Pelas 17h00 cerca de 70 por cento dos profissionais decidiu abandonar o posto sem aviso.
Já no início da semana tinham ocorrido problemas no aeroporto de Santiago de Compostela devido á falta de controladores.
A AENA já fez anunciar que os controladores estão a cometer um delito ao abandonarem os postos de trabalho sem aviso. Mas o número escasso de profissionais formados para as funções torna difícil a demissão destes profissionais. O próprio sindicato da classe já pediu para que os profissionais voltassem aos seus postos.
Estava prevista uma greve do Sindicato dos Controladores e do Sindicato dos Pilotos, mas só estes últimos chegaram a acordo com a tutela.
Num comunicado, citado pela Lusa, a empresa acusa os controladores aéreos de estarem a “fazer uma chantagem, tratando toda a sociedade espanhola como refém” e adverte que paralisar o tráfico aéreo pode ser sancionado com o despedimento disciplinar e constitui um delito no Código Penal. O Governo espanhol já admitiu recrutar controladores aéreos militares para resolver o problema.
O protesto de hoje é, segundo a AENA, de “extrema gravidade” e constitui uma “decisão de grande irresponsabilidade que está a provocar graves perturbações no tráfego aéreo em toda a Espanha”.
Os aeroportos deverão ficar fechados até à meia-noite, mas a paralisação poderá afectar também a programação para o fim-de-semana. De acordo com a AENA, estava prevista a realização de 4200 voos hoje e outros 8067 para Sábado e Domingo.
Aguarda-se uma declaração do ministro do Fomento José Blanco.
TAP tem oito voos para Espanha suspensos e já cancelou ligação para Genebra
A companhia de aviação nacional, que classifica os problemas nos aeroportos nacionais de "greve selvagem", está a "acompanhar a situação para perceber que ligações poderão ser realizadas, mesmo que com atrasos", explicou fonte oficial.
Neste momento, já foram suspensos oito voos de e para Espanha, que poderão ser cancelados ou reprogramados. No entanto, o abandono dos controladores também vai afectar outras ligações para a Europa, que têm de sobrevoar o espaço aéreo espanhol. Aliás, um desses voos, com destino a Genebra, já foi cancelado pela transportadora aérea.
"Fomos apanhados completamente de surpresa", afirmou fonte oficial, acrescentando que "terá de ser feito um novo plano de voo para contornar o espaço aéreo de Espanha" e que "o mais natural é haver atrasos".
250 mil passageiros poderão ser afectados
De acordo com a imprensa espanhola, um total de 250 mil passageiros poderão ser afectados e já foi criada uma linha telefónica de apoio para prestar esclarecimentos. A AENA está a pedir às pessoas com voos marcados que não se dirijam ao aeroporto.
O ministro do Fomento espanhol, José Blanco, reuniu um gabinete de crise para analisar a situação e no qual participam o secretário de Estado dos Transportes, o director-geral da Aviação Civil, e o presidente da AENA.
Desta reunião deverão sair algumas soluções para os problemas nos aeroportos espanhóis, nomeadamente através da disponibilização de meios de transporte alternativos, em articulação com as ferroviárias Renfe ou a FEVE.
A decisão dos controladores, 2300 ao todo em Espanha, surge depois de esta semana o Governo de José Luis Zapatero ter anunciado a intenção de privatizar a AENA, a gestora aeroportuária espanhola, responsável pelas principais infra-estruturas aeroportuárias do país, como Madrid e Barcelona.
Para além disso, o executivo de Zapatero aumentou as horas anuais exigíveis aos controladores, através de um diploma hoje aprovado em Conselho de Ministros. Os controladores aéreos têm de cumprir 1670 horas anuais e alegam já ter cumprido esse número de horas.
As horas feitas a mais eram pagas como extraordinárias mas, segundo o pacote de medidas de austeridade espanhol, o Governo decidiu acabar com o pagamento extra e aumentar o número de horas recorrendo aos dias a que os trabalhadores tinham direito para assistência parental ou em caso de morte de familiares. Perderam assim esse direito. Pelas 17h00 cerca de 70 por cento dos profissionais decidiu abandonar o posto sem aviso.
Já no início da semana tinham ocorrido problemas no aeroporto de Santiago de Compostela devido á falta de controladores.
A AENA já fez anunciar que os controladores estão a cometer um delito ao abandonarem os postos de trabalho sem aviso. Mas o número escasso de profissionais formados para as funções torna difícil a demissão destes profissionais. O próprio sindicato da classe já pediu para que os profissionais voltassem aos seus postos.
Estava prevista uma greve do Sindicato dos Controladores e do Sindicato dos Pilotos, mas só estes últimos chegaram a acordo com a tutela.
Num comunicado, citado pela Lusa, a empresa acusa os controladores aéreos de estarem a “fazer uma chantagem, tratando toda a sociedade espanhola como refém” e adverte que paralisar o tráfico aéreo pode ser sancionado com o despedimento disciplinar e constitui um delito no Código Penal. O Governo espanhol já admitiu recrutar controladores aéreos militares para resolver o problema.
O protesto de hoje é, segundo a AENA, de “extrema gravidade” e constitui uma “decisão de grande irresponsabilidade que está a provocar graves perturbações no tráfego aéreo em toda a Espanha”.
Os aeroportos deverão ficar fechados até à meia-noite, mas a paralisação poderá afectar também a programação para o fim-de-semana. De acordo com a AENA, estava prevista a realização de 4200 voos hoje e outros 8067 para Sábado e Domingo.
Aguarda-se uma declaração do ministro do Fomento José Blanco.
TAP tem oito voos para Espanha suspensos e já cancelou ligação para Genebra
A companhia de aviação nacional, que classifica os problemas nos aeroportos nacionais de "greve selvagem", está a "acompanhar a situação para perceber que ligações poderão ser realizadas, mesmo que com atrasos", explicou fonte oficial.
Neste momento, já foram suspensos oito voos de e para Espanha, que poderão ser cancelados ou reprogramados. No entanto, o abandono dos controladores também vai afectar outras ligações para a Europa, que têm de sobrevoar o espaço aéreo espanhol. Aliás, um desses voos, com destino a Genebra, já foi cancelado pela transportadora aérea.
"Fomos apanhados completamente de surpresa", afirmou fonte oficial, acrescentando que "terá de ser feito um novo plano de voo para contornar o espaço aéreo de Espanha" e que "o mais natural é haver atrasos".
250 mil passageiros poderão ser afectados
De acordo com a imprensa espanhola, um total de 250 mil passageiros poderão ser afectados e já foi criada uma linha telefónica de apoio para prestar esclarecimentos. A AENA está a pedir às pessoas com voos marcados que não se dirijam ao aeroporto.
O ministro do Fomento espanhol, José Blanco, reuniu um gabinete de crise para analisar a situação e no qual participam o secretário de Estado dos Transportes, o director-geral da Aviação Civil, e o presidente da AENA.
Desta reunião deverão sair algumas soluções para os problemas nos aeroportos espanhóis, nomeadamente através da disponibilização de meios de transporte alternativos, em articulação com as ferroviárias Renfe ou a FEVE.
Sem comentários:
Enviar um comentário