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03/12/2010

CGTP diz que aumento de 1,7% em 2011 do salário mínimo "não faz sentido"

A CGTP considerou hoje, quinta-feira, que a proposta das confederações patronais de aumentar apenas 1,7% do Salário Mínimo Nacional em 2011 "não faz sentido" e espera que Governo mantenha acordo de 2006.
"Qualquer entidade patronal por mais pequena que seja tem todas as condições para promover um aumento salarial diário de 82 cêntimos a cada trabalhador, mal seria se assim não fosse", disse à agência Lusa Arménio Carlos, da CGTP.
O membro da comissão executiva da central sindical estará hoje à tarde presente na reunião da Comissão Permanente da Concertação Social, onde se espera vir a ser discutido este assunto.
"O salário mínimo é um elemento indispensável não só para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, mas também para combater a pobreza que se começa a generalizar e atinge cada vez mais trabalhadores", lembrou o sindicalista.
Para a CGTP "existem todas as condições" para que o SMN seja actualizado de 475 para 500 euros em 2011 e, por isso, esperam que o acordo (assinado em 2006 entre governo, confederações patronais e sindicatos) seja cumprido.
Neste acordo, os parceiros sociais comprometeram-se a fazer subir gradualmente o SMN até 2011 para os 500 euros.
Os patrões, por seu turno, têm rejeitado este aumento, argumentando o contexto económico actual e as dificuldades das empresas.
O jornal Público avança na edição de hoje que a CIP irá propor um aumento máximo de 1,7% para os 483 euros em 2011, ao nível da inflação.
O  primeiro-ministro afirmou na terça feira esperar obter um acordo com os parceiros sociais sobre a evolução do salário mínimo a partir de 2011, dizendo que a questão deve voltar a discutir-se porque alterou-se o quadro económico de Portugal.
 A posição de José Sócrates foi assumida perante os jornalistas, em São Bento, Lisboa, depois de ter estado reunido mais de duas horas com representantes das 11 maiores empresas exportadoras nacionais: Petrogal, Autoeuropa, Soporcel, Continental, Bosh, Somincor, Citroen, Repsol, Cácia, Efacec e BA Vidro.
Interrogado sobre a evolução do salário mínimo em 2011, o primeiro-ministro disse que o executivo pretende voltar a discutir essa questão com os parceiros sociais, alegando que houve um "quadro [económico] que se alterou".
 "Esperamos conseguir um acordo que possa satisfazer quer a parte empresarial, quer a parte sindical. O Governo está a trabalhar nesse sentido", disse. 

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1725586

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