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28/11/2010

Pobreza: Cáritas do Algarve quer criar novo refeitório social em Janeiro para dar refeições a 40 carenciados

A Cáritas Diocesana do Algarve quer criar em Janeiro um refeitório social em Faro para conseguir fornecer todos os dias refeições a 40 pessoas mais necessitadas.

Os atendimentos sociais da Cáritas algarvia duplicaram no último ano. A instituição registou no ano passado “562 atendimentos” e este ano, até 31 de Outubro, tinham registado 1151 atendimentos a carenciados, disse o presidente da Cáritas algarvia, Carlos Oliveira, numa entrevista à "Folha de Domingo", jornal da Diocese do Algarve.

Segundo Carlos Oliveira, o refeitório social que a Cáritas pretende criar em meados de Janeiro no edifício-sede da instituição, em Faro, deverá ter capacidade para dar comida a 40 pessoas. “Vamos ver se se reúnem as condições para podermos assisitir tantos utentes, porque sem qualquer tipo de apoio torna-se muito dispendioso e teremos de fazer algum enquadramento da realidade para não termos prejuízos crescentes”, refere o presidente da Cáritas algarvia.

Segundo Carlos Oliveira, quem mais recorre ao apoio da Cáritas no Algarve são pessoas entre os “35 e 45 anos”, que se encontram empregadas mas que não estão a conseguir cumprir os compromissos. Mas não só. Também há "pessoas desempregadas sem conseguir cumprir o pagamento de rendas de casa ou de créditos para aquisição de habitação própria".

Pessoas com falta de capacidade financeira para comprar medicamentos também fazem parte do rol dos carenciados que pedem apoio à Cáritas.

O número de refeições distribuídas diariamente pelo Centro de Apoio aos Sem Abrigo (CASA), no Algarve, também aumentou de 80 para 500 nos últimos 14 meses, disse Pedro Cebola, coordenador do Centro de Apoio aos Sem Abrigo (CASA). “Estamos a dar de comer a um por cento da população de Faro. Há 14 meses cerca de 80 pessoas recebiam refeições, mas desde essa altura que as ajudas subiram, exponencialmente, e estamos a dar alimento a 500 pessoas por dia”, afirmou.

Cerca de 70 por cento das pessoas que pedem ajuda para comer são desempregados, casais em que ambos caíram no desemprego, avós com netos à sua guarda que ficaram sem apoios sociais e reformados por antecipação ou invalidez, imigrantes de países do leste europeu, que já representam 15 por cento do público que pede ajuda alimentar.
 
http://www.publico.pt/Sociedade/caritas-do-algarve-quer-criar-novo-refeitorio-social-em-janeiro-para-dar-refeicoes-a-40-carenciados_1468406

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