Seis mil trabalhadores do SNS estão em risco de perder o seu emprego, após a anulação dos concursos para contratados há mais de cinco anos por questões burocráticas, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Ilhas.
Em declarações à TSF, o coordenador desta estrutura sindical explicou que existem seis mil auxiliares e administrativos do SNS cujos contratos acabam a 31 de Julho, uma situação que põe também em causa o próprio Sistema Nacional de Saúde.
«Não há solução aparente, porque o Governo tem obrigação de abrir concursos para a sua integração e até esta data não o fez. O que vai acontecer é que se estes concursos não forem abertos, estes trabalhadores vão ser despedidos», explicou Alcides Teles.
Para este sindicalista, esta situação é inaceitável porque «está em causa a vida e a estabilidade profissional dos trabalhadores, mas também a prestações de serviços públicos no SNS com regularidade e qualidade».
Alcides Teles adiantou ainda que a concentração que o seu sindicato vai promever esta quinta-feira em frente do Ministério da Saúde tem como objectivo «chamar à atenção do Governo de que tem uma semana, na prática, para resolver uma situação que dura há cinco anos».
Este dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Ilhas acusou ainda o Ministério da Saúde e a ARS de Lisboa de não «responderem a um conjunto de ofícios, iniciativas e diligências dos sindicatos para podermos ser ouvidos e esclarecer esta situação».
«Há um silêncio total por parte da tutela que é inaceitável. O Ministério não pode continuar quedo e mudo sem dar resposta a esta situação», adiantou Alcides Teles, que pretende, fundamentalmente, saber que solução tem o ministério para este caso.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1624159
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