Na próxima quarta-feira, os trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social (IPSS), misericórdias e cooperativas de educação e reabilitação de cidadãos inadaptados (CERCI) vão realizar uma greve de 24 horas contra o estrangulamento financeiro das instituições, os despedimentos, o congelamento das comparticipações do Estado e dos salários e por aumentos salariais em 2010. Para este dia está ainda prevista uma concentração de trabalhadores, às 14.30 horas, frente ao Ministério do Trabalho, na Praça de Londres, em Lisboa.
«A política de contenção das despesas do Estado com a acção social ameaça criar um novo e grave problema social, se se concretizar a intenção do Governo de congelar as comparticipações atribuídas anualmente às IPSS, misericórdias e CERCI, já que tal medida inviabilizará o futuro de muitas instituições, pondo em causa os respectivos postos de trabalho e a prestação dos serviços aos utentes», alerta, em nota de imprensa, a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, lembrando que aquelas instituições «desempenham um papel determinante no âmbito da acção social», substituindo-se ao Estado, no cumprimento das funções que constitucionalmente lhe cabem na protecção e apoio à infância e à terceira idade, bem como no âmbito do ensino especial.
Segundo a Federação, «a possibilidade de não serem actualizadas as comparticipações do Estado atribuídas às instituições, somada à crise social, levará ao encerramento de estabelecimentos, devido à sua inviabilidade económica e, ao despedimento de muitos trabalhadores».
http://www.avante.pt/pt/1912/trabalhadores/109788/
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