Trabalhadores combatem a "crise"

PT

A saída da administração da PT dos principais visados no caso da compra da TVI, através de uma renúncia, foi entendida, pela Comissão de Trabalhadores, como positiva, depois de as notícias tornadas públicas não terem sido desmentidas. Numa nota à imprensa de 26 de Fevereiro, a CT da PT explicou que continuará a acompanhar a situação, tendo salientado que este problema está a criar «grande pressão sobre os trabalhadores no contacto com os clientes».

CPB

Há perigo eminente de ocorrer um acidente de explosão na Companhia Petroquímica do Barreiro, que se encontra em situação de insolvência, avisou o Sindicato dos Químicos, que num comunicado de 26 de Fevereiro, exigiu «acções e meios preventivos» que garantam a segurança dos trabalhadores e das populações da área circundante às instalações. Tendo alertado e exigido a intervenção da Protecção Civil e dos responsáveis da administração da Baía do Tejo (Ex-Quimiparque), para apurarem em que condições se encontram diversos produtos químicos, designadamente, 14 toneladas de propileno, o Sinquifa/CGTP-IN quer saber o que terá mais de fazer para que sejam tomadas medidas.

Reformados

Os transportes no distrito de Setúbal foi o tema de um encontro distrital, no dia 11 de Fevereiro, promovido pela Inter-Reformados e a União dos Sindicatos do distrito, da CGTP-IN. O encontro exigiu que não sejam suprimidas carreiras do transporte urbano rodoviário e foram criticados os elevados tarifários praticados no MST e na Fertagus. Na resolução final, saída do encontro, na sede da união, que serviu para auscultar os trabalhadores reformados, com eles debater esta problemática e apurar as suas reivindicações, salienta-se que «não é preocupação do Governo e das empresas privadas criarem melhores horários e que os passes sociais não sejam extensivos a todos os transportes».

Corksribas

Em protesto, quatro ex-trabalhadores da Corksribas esperaram por José Sócrates, à porta do Europarque, em Santa Maria da Feira, no dia 25 de Fevereiro, para repudiarem os despedimentos injustos que os atingiram, em Janeiro, «por motivos sindicais», na empresa do Grupo Amorim. Os trabalhadores foram «perseguidos e despedidos da empresa do homem mais rico de Portugal», acusou um dos visados e representante sindical, Manuel Rocha. Em declarações à Lusa, explicou que os despedimentos ocorreram porque solicitaram a intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho, após terem detectado falta de condições de segurança e de higiene na fábrica.

Greve

Na Visteon, em Palmela, foram cumpridos dois dias de greves parciais por 80 por cento dos trabalhadores, na segunda e terça-feira, por aumentos salariais e estabilidade no emprego, informou, anteontem, o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas. Por receio de represálias, as operárias optaram por não se concentrarem à porta das instalações, durante os períodos de greve, explicou um dirigente sindical. Num comunicado de 24 de Fevereiro, o SIESI/CGTP-IN, acusou a empresa, pretender deslocalizar a produção para uma sua congénere na Hungria. Após sucessivos despedimentos colectivos, a Visteon concretizou outro, de 24 trabalhadores, no dia 29 de Janeiro. A empresa que teve um quadro de dois mil trabalhadores tem, actualmente, 1250. Obteve apoios do Estado de mais de 200 milhões de euros, salientou o sindicato.

Cel-Cat

Um aumento de três por cento nos salários, com efeitos a partir de 1 de Janeiro passado é a reivindicação central da greve cumprida com concentrações diante das instalações, no dia 26 de Fevereiro, pelos trabalhadores da Cel-Cat, em Morelena, concelho de Sintra, informou o SIESI. Os trabalhadores decidiram a greve após quatro reuniões negociais em que a administração fixou, como proposta final, actualizações de 0,8 por cento. Em 2009, a Cel-Cat obteve lucros de 3,5 milhões de euros.

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