Na última década, ao contrário do que aconteceu no campo da desigualdade - em que os progressos foram praticamente nulos - verificou-se uma ligeira redução da taxa de pobreza em Portugal. Em 1994, 23 por cento da população vivia em risco de pobreza, uma percentagem que desceu para os 18% em 2008, mas que ainda assim se manteve acima da média da União Europeia
Na prática isto significa que perto de dois milhões de pessoas não tinham um rendimento que lhes assegurasse os padrões mínimos de vida. E nem mesmo os apoios sociais, lançados em meados de 90 e reforçados nos últimos anos, conseguiram produzir resultados significativos.
A análise dos dados do Eurostat revela que a eficácia dos apoios é menor do que na União Europeia. Mas têm sido apoios como o rendimento social de inserção ou o complemento solidário para idosos que têm permitido alguns progressos ao nível da redução da severidade da pobreza.
Nos últimos anos, têm emergido novas situações e novos grupos de risco. Os desempregados, estão entre eles, e com a crise económica que já destruiu mas de 200 mil empregos desde o segundo trimestre de 2008, o problema tenderá a agravar-se. É que, como lembra o economista Nuno Alves num estudo publicado pelo Banco de Portugal, "a participação no mercado de trabalho é bastante importante na redução da taxa de pobreza".
http://www.publico.pt/Economia/pobreza-acima-da-media-da-ue-apesar-da-ligeira-reducao_1425633
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