Na sexta-feira, 26 de Fevereiro, em Coimbra, o protesto distrital da CGTP-IN juntou mais de meio milhar de pessoas. Trabalhadores de diversos sectores começaram por reunir-se, ao início da tarde, na Praça 8 de Maio, de onde seguiram, em manifestação, até ao governo civil, para tentarem entregar ao representante do Governo no distrito uma resolução, sobre a evolução da situação laboral nos últimos quatro anos.
No documento, refere-se, nomeadamente, que o sector produtivo do distrito perdeu mais de dois mil postos de trabalho, desde o final de 2005, enquanto aumentou o peso dos vínculos de trabalho precários. Houve «uma acentuada quebra no emprego de mais alta qualificação» e «um preocupante agravamento do grau de exploração da mão-de-obra», já que «cada trabalhador produz, em média, 1 800 euros por mês, mas o salário médio recebido fica-se pelos 660 euros». Por outro lado, estão em dívida mais de 30 milhões de euros, a mais de três mil trabalhadores, vítimas de despedimentos, encerramentos e falências.
Esta iniciativa da União dos Sindicatos de Coimbra, que serviu para reafirmar que «é hora de mudar» de política, integrou-se na acção descentralizada, de âmbito nacional, da CGTP-IN.
Entre os participantes, destacaram-se trabalhadores da Poceram e da Ceres, empresas cerâmicas, em processos de insolvência, e cujos trabalhadores voltam a reunir dia 12.
Como o governador civil estava ausente, a resolução será entregue numa reunião que a USC decidiu pedir formalmente.
No distrito de Évora, o desemprego registado pelo IEFP aumentou 20 por cento, enquanto mais de 40 por cento dos trabalhadores recebem menos de 600 euros por mês e 60 por cento dos jovens trabalhadores têm contratos de trabalho precários. Os números foram referidos, com preocupação, pela estrutura distrital da CGTP-IN, que no dia 25, quinta-feira, reuniu um plenário de activistas.
Além de já contar cerca de 30 mil desempregados, o distrito de Leiria tem mais de quatro mil trabalhadores que ainda não receberam o subsídio de Natal, enquanto várias empresas não estão a pagar salários há três meses - referiu a União dos Sindicatos, numa conferência de imprensa, após iniciativas de protesto durante o dia 25. Foi lembrado ainda que, durante 2009, ocorreram 23 mortes em resultado de acidentes de trabalho.
A manifestação que estava marcada para sábado, dia 27, na Covilhã, foi adiada, por causa do temporal que se abateu sobre a região.
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32737&area=4
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
04/03/2010
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