Para encontrar um índice de expectativa tão baixo temos de recuar até Fevereiro do ano pasado, altura em que não chegou aos 29 por cento.
Este indicador vem descendo, mês após mês, desde Setembro de 2009 quando atingiu quase 55 por cento.
Quando questionados sobre as expectativas pessoais para o próximo ano, metade dos inquiridos antevê um futuro sombrio. Trata-se de um aumento em relação a Fevereiro, quando o pessimismo representava 49 por cento.
Também o número de optimistas caiu de 18 para dez por cento.
Os dados do barómetro TSF/Diário Económico permitem concluir também que homens e mulheres pensam de forma semelhante, mas novos e velhos têm percepções muito diferentes da realidade.
Os inquiridos com mais de 55 anos batem o recorde do pessimismo, com seis em cada dez a preverem uma degradação da situação económica pessoal nos próximos 12 meses.
Na distribuição por classes sociais há também diferenças grandes em relação ao mês passado. Os que ganham menos deixaram de ser os mais pessimistas, que são agora as classes média e alta, com percentagens superiores a 50 por cento.
Quanto à situação económica do país daqui a um ano, também há uma degradação dos índices, com 60 por cento dos inquiridos a considerar que tudo vai estar pior, sendo que o Grande Porto está no topo da lista, onde quase duas em cada três pessoas prevê 12 meses com o país de "cinto apertado".
Esta percepção varia com a intenção de voto entre os que pensam votar PS há 31 por cento de optimistas, mais do dobro dos que vão votar PSD, 14 por cento.
Ficha Técnica:
Esta sondagem da Marktest para a TSF e Diário Económico foi feita entre 16 e 21 de Março com o objectivo de conhecer as expectativas dos inquiridos sobre a evolução económica.
O universo é a população de Portugal Continental com mais de 18 anos residente em habitações com telefone fixo. A amostra é de 808 inquiridos. Foram feitas 160 entrevistas na Grande Lisboa, 92 no Grande Porto, 132 Litoral Centro, 153 Litoral Norte, 179 Interior Norte e 92 no Sul.
O intervalo de confiança é de 95 por cento e a margem de erro de 3,45 por cento.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1530859&tag=%20Portugal
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