O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) afirmou esperar uma “fortíssima adesão” à greve que começa às 14:00 de hoje e termina às 08:00 de quinta feira. O protesto durará na prática menos tempo do que a anterior greve, realizada em janeiro.
“Apesar de serem mais dias, [esta greve] terá menos impacto nos centros de saúde do que a anterior greve, por exemplo”, afirmou à Lusa Guadalupe Simões, dirigente do SEP.
A anterior paralisação abrangeu três dias completos. Desta vez, no entanto, a greve começará com um turno da tarde, que “na maior parte dos centros de saúde não tem esta definição”, e acabará às 08:00 da manhã de quinta feira, o que significa que todos os enfermeiros terão de ir trabalhar nesse dia.
A sindicalista lembrou que na origem da greve continua a estar o “sentimento de descriminação que os enfermeiros sentem por parte do Ministério da Saúde”.
Segundo Gudalupe Simões, a tutela “relega os enfermeiros para licenciados de segunda”, ao não serem pagos conforme a lei: “Se um nutricionista ou um advogado ou um outro profissional qualquer fosse admitido para um hospital seria por um mínimo de 1200 euros, enquanto que para os enfermeiros, que já são licenciados, o Ministério da Saúde tem uma proposta de manter de 1020 euros até 2013”.
A responsável acrescentou não haver “preocupações acrescidas [para os utentes] porque na situação de uma doença súbita, os enfermeiros estão a prestar serviços mínimos em todos os serviços de urgência”.
Guadalupe Simões disse ainda que os serviços mais afetados “são sempre os mesmos”, mas salvaguardou algumas diferenças associadas ao horário desta paralisação.
“A greve começa no período da tarde, o que significa que os centros de saúde estão a funcionar [hoje], da mesma forma que estarão a funcionar na quinta feira”, explicou.
Assim, os efeitos serão mais sentidos nas “consultas externas, nos centros de saúde na terça e quarta feira, e nos blocos operatórios”.
Fonte oficial do Ministério da Saúde disse à Lusa, no fim de semana, que a tutela respeita o direito à greve dos enfermeiros, mas lamenta um protesto destes quando decorrem ainda negociações entre as duas partes.
http://www.destak.pt/artigo/58618
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